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MEIO AMBIENTE

Tempo quente e seco colabora para fenômeno da "Inversão Térmica"

Fenômeno atmosférico forma uma espécie de tampão invisível que retém todas as partículas (poeira, fuligem e fumaça) próximo à superfície

Por Anna Paula Mello (SEMAS)
20/08/2020 13h17

Coordenador de Hidrometeorologia da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), Saulo Carvalho explica que o tempo quente e seco, colabora para que ocorra em Belém, neste período, a “Inversão Térmica”, fenômeno que forma uma espécie de tampão invisível que retém todas as partículas (poeira, fuligem e fumaça) próximo à superfície. O fenômeno foi visto por moradores de Belém nesta quinta-feira (20), como uma névoa no céu, em alguns pontos da cidade.

“Durante a noite, o ar próximo à superfície é resfriado mais rapidamente do que o ar nas alturas mais elevadas, sendo que esse ar frio não consegue subir porque é mais pesado. As partículas mais leves como a poeira ou fumaça ficam acima, só que aprisionadas e tem a dispersão impedida por esse tampão. O fenômeno é limitado a uma certa região”, explica o meteorologista.

Saulo Carvalho disse que um dos motivos, que geram a inversão térmica, é o clima quente e seco. Nos próximos três dias Belém terá máximas de 36 graus e poucas chuvas. O setor de Monitoramento da Semas, que utiliza como base os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), não registrou focos de calor em Belém e Região Metropolitana.

“Os sensores dos satélites conseguem captar focos de calor com dimensões mínimas de 30 metros de extensão e 1 metro de largura, por isso as queimadas em zonas urbanas, apesar de comuns, não são captadas pelos sensores, devido as dimensões inferiores”, complementa o meteorologista.