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Em parceria com agricultor de Bragança, Emater fortalece produção de feijão caupi na região

Técnicos da Emater realizaram mais uma etapa de serviços na propriedade do agricultor

Por Rodrigo Reis Emater (EMATER)
31/07/2020 10h28

A Unidade Didática de Bragança (UDB) da Empresa de Assistência Técnica em Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em parceria com o agricultor Antônio Costa, morador do sítio Santo Antônio, zona rural do município, devem colher, daqui a 60 dias, quase 100 sacas de feijão caupi, cuja plantação está distribuída em cinco hectares na propriedade. O cultivar é uma importante fonte de proteína e também considerado a base alimentar da agricultura familiar da região bragantina. No caso do feijão caupi, a Emater trabalha também com a multiplicação de sementes. 

Em 60 dias, quase 100 sacas de feijão caupi devem ser colhidas na plantação

Na quinta-feira (30), técnicos da Emater realizaram mais uma etapa de serviços na propriedade do agricultor: o controle fitossanitário, conjunto de medidas aplicadas para evitar a propagação de pragas e doenças. O procedimento dura, em média, uma hora, e é realizado com a ajuda de trator, também da UDB. A assistência técnica é realizada semanalmente pelos técnicos, que acompanham evolução, além do estado vegetativo e reprodutivo da variedade do feijão. 

Nascido e criado no município, o agricultor Antônio Costa celebra a parceria e reconhece como “essencial” a assistência técnica da Emater em sua propriedade. “É um serviço que recebo há 15 anos e já considero os técnicos como amigos. Eu nasci para a roça e gosto de cuidar das milhas plantações, portanto, é necessário um acompanhamento constante”, explica. Costa também trabalha com as culturas da mandioca, açaí, milho e criação de pequenos animais.  

Em 2005, o agricultor foi contemplado com um projeto de crédito elaborado pela Emater, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e pretende, em breve, solicitar outro projeto para aumentar a produção. 

De acordo com Felipe Ribeiro, engenheiro agrônomo da Emater, a parceria com o agricultor rendes frutos em dois sentidos: “gera experiência para o agricultor e também fortalece o suporte técnico da cultura”. Neste caso, a UDB assume os custos de produção, inclusive com a disponibilização de maquinário. “Deste modo, parte da produção fica com o agricultor e a outra com a Emater, que deixa a área produtiva, ou seja, com fluxo constante de produção”, explica. 

O feijão produzido na região nordeste paraense tem mercado garantido

Feijão caupi – O cultivar de feijão-caupi (BR3 Tracuateua) tem produtividade média de 1.400 Kg/ha em ecossistema amazônico e apresenta grãos de cor branca, grandes, reniformes e com tegumento levemente enrugado, com boa aceitação de mercado e apresenta ciclo de 65 a 75 dias. A partir das sementes diferenciadas e orientação científica, a Emater pretende recuperar índices como boa produtividade e melhores características do produto em si. 

O feijão produzido na região nordeste paraense tem mercado garantido, já que 70% da produção são exportados, principalmente para o nordeste brasileiro. Bahia, Ceará e Piauí são os maiores compradores do feijão paraense. Em Bragança, a Emater é a única instituição pública paraense que produz o BR3 Tracuateua.

Referência – A Unidade de Bragança trabalha com a multiplicação de feijão caupi na região há mais de 30 anos e desenvolve, também, atividades com rebanho bovino de leite; ovinocultura; cultivo de gliricídia (para produção de tutor vivo); compostagem e produção de humus de minhoca; meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão); implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs); cultivo de pimenta-do-reino; produção de mudas; recuperação de nascente e irrigação, e produção de mandioca e macaxeira. O espaço reúne também dados meteorológicos, coletados desde 1977.

Em novembro, a UDB ganhará o novo Laboratório de Solos do órgão, cuja função será analisar a fertilidade, a determinação de pH e exames de nutrientes, fatores essenciais que beneficiam diretamente agricultores familiares que necessitam melhorar o plantio de culturas locais e regionais.