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Método de construção da ponte União é referência na região Norte

Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon Pará) promove palestra online sobre o método construtivo da ponte União sobre o rio Moju como case de sucesso

Por Kátia Aguiar (COHAB)
07/07/2020 13h56

O Instituto Brasileiro do Concreto-Secção Pará promoveu na noite desta segunda-feira (6) palestra no formato “live” para debater  “Os desafios da dosagem de concreto aplicado na reconstrução da ponte sobre o rio Moju (ponte União)”. O evento apreciou o case de sucesso em que se constituiu o método construtivo da ponte pronta em sete meses. 

Edificação da ponte União amplia conhecimento técnico no NorteA palestra está disponível neste endereço e deve subsidiar pesquisadores no desenvolvimento de concretos especiais que atendam grandes volumes com materiais da região amazônica. Também, é referência para critérios à construção de pontes com vãos adequados para navegação dos rios da Amazônia, onde as correntes são altas comparadas com outras regiões do Brasil. 

O legado da construção da ponte União permite ampliar o conhecimento tanto de docentes quanto de estudantes de cursos de Engenharia Civil e Naval da região, por trata de pontes, portos e defensas flutuantes de grande capacidade. 

Participaram do debate mediado pelo diretor-técnico do Instituto Brasileiro do Concreto-Secção Pará, Laércio Gomes; o titular da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), Pádua Andrade; o consultor da Setran, por ocasião da construção da ponte, Pedro Almeida; o professor doutor da Universidade de São Paulo (USP) e professor do Instituto Federal de Educação Tecnológica, Rodrigo Rodrigues.

Segundo Pádua Andrade, mais importante do que o sucesso da aplicação do concreto em tempo recorde, outro fator que é motivo de comemoração, é a obra ter se encerrado sem nenhum acidente de trabalho.

“Várias operações ocorriam ao mesmo tempo naquele canteiro de obra flutuante. Havia as operações de retirada dos escombros da ponte antiga, travessia de ribeirinhos, operação com balsa para travessia de caminhões e outros veículos e uma obra que precisava ser concluída em tempo recorde, com qualidade e dentro de todas as normas de segurança”, pontuou o titular da Setran, Pádua Andrade, no início da palestra.

Cerca de mil pessoas trabalharam na reconstrução da ponte União de forma direta e indireta.

O consultor da Setran, Pedro Almeida apresentou todas as etapas construtivas da ponte União até a concretagem final, que envolveu mais de 6 mil metros cúbicos de concreto e mil toneladas de aço.

“Ao final fizemos teste de carga com 30 caminhões carregados, quando submetemos a ponte a um carregamento crítico, com baixa probabilidade de ocorrência durante a vida útil. As respostas da estrutura foram excelentes o que possibilitou a entrada imediata em serviço, resolvendo o problema da travessia e restabelecendo a normalidade no trânsito da alça viária”, destacou Pedro Almeida.

Ao final os palestrantes responderam diversas perguntas de professores e alunos, que tiraram dúvidas e puderam interagir durante a live.