Cosanpa já implantou cerca de 40% da nova rede de água de Belém
Em menos de um ano de obra, já foram substituídos 70 de cerca de 180 quilômetros de rede de distribuição
As obras de substituição da rede de água de Belém seguem a todo o vapor. Cerca de 70 quilômetros da nova tubulação já foi substituída em menos de um ano de obra, o que representa a implantação de 40% da nova rede. Os serviços de infraestrutura, que fazem parte do Projeto de Controle e Redução de Perdas da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), compreende a substituição da rede de cimento amianto por Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e busca beneficiar 26 bairros da capital.
Com o objetivo de reduzir as perdas, o desperdício e melhorar a pressão na distribuição de água, a Cosanpa trabalha na substituição de cerca de 180 quilômetros de rede, com o PEAD, que é um material mais resistente. As obras, que iniciaram em outubro de 2019, irão beneficiar mais de 800 mil habitantes.
A obra de infraestrutura quer beneficiar 26 bairros da capital dentro do Projeto de Controle e Redução de Perdas da Cosanpa“Começamos pelo quinto setor de abastecimento da Cosanpa, que atende os bairros do Curió-Utinga, parte do Souza e Marco, e pelo sexto setor, que abastece Canudos, Fátima, parte de São Brás e Nazaré. Nessas áreas, a parte de implantação de rede já está sendo finalizada. Em maio, fizemos trechos da travessa Mauriti e, em junho, também já iniciamos as obras no bairro do Umarizal e em outra área de Nazaré”, informa a engenheira responsável pelo projeto, Tatiana Costa.
A obra está sendo feita pelo método não-destrutivo, com máquinas perfuratrizes, georadar, que fazem o mapeamento das redes existentes nos subsolos, e equipamentos de navegação de última geração. Segundo a engenheira, esse processo traz menos transtornos para a população, porque a tecnologia utilizada, além de proporcionar menos barulho, também possibilita maior rapidez dos serviços.
SETORIZAÇÃO
Após a substituição das redes, soldas são aplicadas para interligar as novas redes. “Já iniciamos algumas interligações no mês de maio. Em alguns locais podem ser feitas sem que seja necessária a interrupção do abastecimento. As que precisam da interrupção são realizadas de madrugada, no horário de menor consumo, para reduzir os transtornos. Os consumidores são avisados com antecedência”, informa a engenheira. A recomposição do asfalto das escavações só pode ser feita após a conclusão de todas as etapas do serviço.
Após a implantação da rede e interligação, será realizada a setorização do abastecimento. “Esse processo ampliará o abastecimento de água para a população, com a diminuição de perdas. Vamos diminuir a quantidade de vazamentos e melhorar a qualidade da distribuição da água. Assim, ampliaremos o tempo de vida útil das estações, o que é uma forma de reduzir gastos, utilizando recursos públicos da melhor forma possível”, garante Tatiana Costa.
Com a setorização, quando a Cosanpa precisar reparar um vazamento, por exemplo, não será necessário interromper o abastecimento de água em diversos bairros. Será possível isolar apenas a área abastecida por aquela rede danificada específica e fazer o reparo.
O projeto também inclui a instalação de 150 mil hidrômetros. “A previsão é de que as instalações comecem a ser feitas no final do mês de julho. Com os hidrômetros, os clientes têm acesso ao que exatamente estão consumindo. Todos saem ganhando e a Cosanpa consegue reduzir perdas, consumos desnecessários”, afirma a engenheira. Após a instalação, será intensificado um trabalho para identificar irregularidades e ligações clandestinas.
CONSCIENTIZAÇÃO
Concomitantemente, a Cosanpa atualiza o cadastro dos consumidores e analisa o perfil de consumo. “Estudamos o perfil do cliente por sete dias e, a partir da análise do comportamento dele, identificamos se há vazamento ou alguma forma de desperdício de água na casa. Assim, poderemos alertar e trabalhar com a conscientização dos nossos clientes”, ressalta Talita.
O investimento de R$ 250 milhões beneficiará habitantes dos bairros: Barreiro, Batista Campos, Campina, Canudos, Castanheira, Cidade Velha, Comércio, Condor, Cremação, Fátima, Jurunas, Mangueirão, Maracangalha, Marambaia, Marco, Miramar, Nazaré, Pedreira, Reduto, Sacramenta, São Brás, Telégrafo, Terra Firme, Umarizal, Universitário e Val-de-Cans.
A previsão é de que a obra seja totalmente concluída em 2021.