"Poesia e Música" dão o tom da XXI Feira do Livro
A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) foi a grande atração de abertura da XXI Pan-Amazônica do livro na noite desta sexta-feira (26). O concerto "Poesia e Música" teve a regência do maestro titular Miguel Campos Neto e participação da cantora lírica paraense Carmen Monarcha. Com uma programação que homenageia pela primeira vez um país imaginário - a poesia -, a Feira do Livro tem uma previsão de público estimada em 400 mil pessoas e uma movimentação financeira em torno de R$ 14 milhões durante os 10 dias de atividades.
O secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves Fernandes, ressaltou que a Feira chega à maturidade depois de enfrentar muitas dificuldades, incluindo a utilização de espaços alternativos em algumas edições, até que ocupasse em definitivo seu lugar no pavilhão de exposições do Hangar Convenções e Feiras da Amazônia. Para Paulo Chaves, homenagear a poesia significa homenagear a liberdade de pensamento, "é imaginar um lugar onde não se precisa de vistos e nem de passaporte para visitar, um lugar onde tudo vale quando a alma não é pequena”, fazendo referência ao autor português Fernando Pessoa.
A diretora de Cultura e coordenadora da Feira Pan-Amazônica, Ana Catarina Brito, explicou que esses dez dias de programação representam a culminância de um trabalho de 21 anos. E comentou que esta 21ª edição propõe uma aproximação mais direta com o livro. "Pedimos a todos os escritores participantes dos encontros literários que doassem suas obras para que, nestes dois meses que antecederam a Feira, elas pudessem ser estudadas pelos alunos. Estamos formando um publico leitor mais crítico e preparado para interagir com os escritores durante esses diálogos”, explica.
Apoio financeiro - Na abertura da programação, o Banco da Amazônia colocou sua assinatura em três projetos culturais que garantirão apoio financeiro a eventos realizados no Estado. São eles: XXX Festival Internacional de Música do Pará; Apresentação artística “Equoterapia – uma História Especial” e o CD “Guitarradas para bebês”, do músico e produtor Félix Robatto.
Ao todo, 450 editoras participam desta edição, sendo que 40 delas estarão expondo seus títulos diretamente. Ao longo de todo o salão principal e secundário do Hangar foram montados 130 estandes. As editoras universitárias, por exemplo, darão desconto de 50% em todas as suas publicações, que incluem títulos que não são encontrados com facilidade e nem vendidos em qualquer livraria, dando mais uma oportunidade aos visitantes de adquirir conhecimento.
Até o dia 4 de junho, a Feira Pan-Amazonica do Livro, que é o maior evento de fomento à leitura do Pará e terceiro no Brasil, terá uma programação cultural intensa que engloba seminários, gincanas literárias, contação de histórias, workshops, shows, saraus de poesia, encontros literários locais e nacionais.
Neste ano, uma das novidades é o Ciclo de Estudos preparatórios ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Serão oito palestras, duas a cada dia, que envolvem o conteúdo exigido para realização da prova.
A Feira também traz muita música nessa edição, com a participação de grandes nomes da cena local e nacional, entre eles Dona Onete, que há pouco tempo esteve em Nova Iorque levando à terra do Tio Sam o carimbó do Pará; o roqueiro Arnaldo Antunes, ganhador do prêmio Jabuti de poesia com o livro “Agora Aqui Ninguém Precisa de Si”, e que estará à frente do show de encerramento da Feira; além do cantor Moraes Moreira, que participa do Encontro Literário falando sobre Cordel.
Credlivro – A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vai disponibilizar um crédito virtual a mais de 20 mil professores e técnicos efetivos do órgão, cada um no valor de R$ 200, para que eles possam acessar os títulos de seu interesse durante a programação da Pan-Amazônica.
Os recursos são repassados por meio do Programa CredLivro, que assegura aos docentes da rede estadual a aquisição de publicações voltadas ao aprimoramento pedagógico das atividades intraclasse, auxiliando na educação continuada dos profissionais de educação.
O programa, que existe desde 2005, por iniciativa do Governo do Pará, virou lei em 2013, sancionada pelo governador Simão Jatene, que instituiu o crédito, depositado uma vez por ano para uso do servidor na Feira do Livro. Esse ano, a expectativa da coordenação do CredLivro é de que 70% dos beneficiados utilizem todo o crédito, que já estará disponível desde o primeiro dia da Feira.
Serviço: XXI Feira Pan-Amazônica do Livro. De 26 de maio a 4 de junho, no Hangar. Mais informações e a programação completa do evento pelo site: www.feiradolivro.pa.gov.br.