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Chegada da energia firme beneficia população de Soure, no arquipélago do Marajó

Por Redação - Agência PA (SECOM)
01/06/2017 00h00

A empresária Celilda Vitteli é dona de uma sorveteria no município de Soure, na ilha do Marajó. Por causa das constantes quedas de energia, que já faziam parte da rotina dos moradores do município, ela produzia seus sorvetes e picolés na capital e depois os transportava para o Marajó. Agora ela já pode se poupar esse trabalho, pois toda a linha de produção estará concentrada no seu estabelecimento comercial. Esse avanço só foi possível graças à chegada da energia firme ao município, com a construção de dois sistemas alimentadores, que melhoram a distribuição da carga e garantem maior estabilidade à rede elétrica. O novo sistema será entregue nesta sexta-feira (2), beneficiando mais de oito mil famílias no município.

A chegada da energia firme faz parte de um mega projeto de infraestrutura do Governo do Pará. A primeira etapa do projeto, conhecida como Marajó I e concluída em 2013, recebeu investimentos na ordem de R$ 179,5 milhões, aplicados na ampliação de duas e construção de seis novas subestações, além da construção de 685 quilômetros de rede. Essa primeira fase atendeu aos municípios de Portel, Melgaço, Curralinho, Breves, Baião e Bagre.

Já para segunda etapa, que está em andamento, o investimento total gira em torno de R$ 242 milhões e prevê ainda a construção de mais seis novas subestações e 794 quilômetros de rede. A conclusão de todo o trabalho no Marajó beneficiará, diretamente, cerca de 450 mil pessoas.

A construção dos sistemas vai permitir a desativação da usina a diesel que atendia a população da região. “Eu sou uma das que mais sonhava com este momento. Além de uma sorveteria também tenho um restaurante e isso vai trazer melhorias não só para o meu negócio, mas para toda a população daqui, que já esperava há muito tempo pelo dia em que não dependeria mais do gerador”, comentou.

Para Celilda, a mudança representa um grande avanço para a economia da região e do município. “Eu sempre quis ter uma fábrica de sorvete e picolés na cidade, mas aqui faltava luz com muita frequência. E mesmo não tendo fábrica instalada eu já tive muito prejuízo com os meus produtos”, conta.

Soure é uma das cidades mais populosa do arquipélago do Marajó. Em 2016, a população estimada do município era de 24.488 habitantes, segundo o IBGE. Em períodos como as férias de julho, a população do município chega a quase dobrar e os problemas com o fornecimento de energia se torna ainda mais complicado.  

O distrito-sede é dividido em oito bairros: centro, São Pedro, Matinha, Umirizal, Pacoval, Bairro Novo, Tucumanduba e Macaxeira. O distrito de Pesqueiro, por sua vez, abriga a vila e praia de mesmo nome, além das comunidades do Pedral, Céu, Caju-Una e várias fazendas.       

Para melhor servir a população, o investimento da concessionária de energia, Rede Celpa, nesta parte da obra girou em torno de R$ 3 milhões. Foram construídos mais de 14 quilômetros de rede de distribuição para atravessar o Rio Paracauari e interligar Soure à Salvaterra, que, em abril recebeu uma subestação de energia e também passou a integrar o Sistema Interligado Nacional.

Com mais essa etapa concluída, Soure passa a compor o grupo de municípios marajoaras que já estão interligados ao sistema, como Portel, Melgaço, Curralinho, Breves, Bagre, Ponta de Pedras, Cachoeira do Arari e Salvaterra.

Negócios

Em novembro de 2015, Soure ganhou uma agência própria do Banpará que, desde então, já tem mais de mil clientes e garantiu a instalação e ampliação de vários empreendimentos, fortalecendo o mercado local que também sofria com as constantes quedas de energia. A gerente da agência, Renata Miranda, explica que por causa da intermitência do sistema até os serviços do banco eram prejudicados. “A chegada da energia estável traz também uma melhor qualidade de vida às pessoas do município. Com um sistema firme nós podemos oferecer mais produtos para o nosso cliente e proporcionar novos negócios”, defende.

De acordo com o presidente da Celpa, Nonato Castro, o avanço da obra no Marajó representa desenvolvimento para uma das regiões mais ricas do estado. “Nós queremos contribuir para que todo o potencial da Ilha seja valorizado, e a chegada da energia elétrica firme e de qualidade proporciona novas oportunidades de geração de emprego e de crescimento econômico e social para a região”, avalia o presidente.