Seap investe na produção própria de itens alimentícios e de higiene
Secretaria inaugurou nesta sexta uma fábrica de vassouras na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel
Para garantir a autossuficiência produtiva e segura em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) inaugurou, nesta sexta-feira (8), uma fábrica de vassouras, na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (Cpasi). A iniciativa faz parte dos diversos projetos voltados à produção de itens de primeira necessidade para uso no sistema prisional. A produção ocorre na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (Cpasi), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel e no Centro de Reeducação Feminino (CRF), em Ananindeua.
Neste primeiro mês, serão produzidas 3 mil vassourasA Seap passa a contar com um centro produtivo próprio, no qual é utilizada a mão de obra prisional para a confecção e produção dos itens que devem atender às necessidades das 48 unidades penais do Estado, tanto na região metropolitana, quanto no interior. Com a produção de pães, vassouras, sabão, desinfetante, sandálias, entre outros, e a ampliação e adaptação de outros itens, como os agrícolas, objetiva-se que, diante do cenário de pandemia, tais necessidades sejam supridas de forma adequada, a alimentação reforçada, bem como os cuidados com a higiene possam ser ainda mais ampliados.
Com a efetividade da produção própria, só no primeiro mês, serão produzidas 3 mil vassouras, 2 mil pães para a Cpasi com distribuição interna a princípio, chegando, após isso, a 6 mil pães para as demais unidades.
Segundo Belchior Machado, diretor de Reinserção Social, a Seap passa a contar, devido à reestruturação feita, com um centro de reinserção social, no qual são desenvolvidas as atividades produtivas.
“Já temos em funcionamento a padaria e a fábrica de vassouras. A partir da próxima semana, teremos a produção de sandálias para os internos. Temos, desde março, o cultivo de milho, nossa fábrica de blocos de concreto, que está em andamento para que, em breve, possamos produzir bloquetes, e a produção de móveis modulados, com a marcenaria. Todas as produções garantem a autossuficiência do sistema penitenciário, a reinserção social dos custodiados, com o trabalho, além de gerarem economia ao Estado”, afirmou o diretor.
Na produção de pães, a expectativa é chegar a 6 mil itens com distribuição para as demais unidades prisionaisA produção própria garante ao Pará, além de fomentar o trabalho de custodiados em mais uma iniciativa para reinserção social destes, maior rigor quanto às ações de higiene e controle. É também mais uma medida protetiva contra o coronavírus, já que a produção de produtos de higiene e limpeza será in loco, garantindo que os demais produtos de consumo não sofram escassez, bem como reduzirá a movimentação de serviços externos para as unidades.
Diversas medidas têm sido tomadas para a proteção da saúde prisional, como desinfecção diária das unidades, triagem de casos suspeitos, isolamento e criação de unidades de acolhimento, com estrutura adequada para atendimento 24h, o que resulta em um baixo índice de infectados pelo novo coronavírus entre os custodiados do Estado. Para o secretário de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, a produção iniciada é mais uma forma de reforçar o combate à Covid-19.
"Nossos internos da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel estão produzindo vassouras, escovões, material de limpeza e, brevemente, irão produzir sabão e água sanitária para a lavagem e desinfecção de todas as nossas unidades prisionais, o que já vem ocorrendo diariamente, mas passará a ser realizado de forma sustentável e mais econômica com os produtos feitos pelos próprios internos e com o serviço destes também nas equipes de limpeza e higiene" - Jarbas Vasconcelos, titular da Seap.