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Ribeirinhos de Viseu recebem auxílio para superar pobreza no meio rural

Apoio é dado pelo escritório local da Emater, dentro do programa Fomento Rural, do Ministério da Cidadania

Por Aline Miranda (EMATER)
08/05/2020 10h37

Cada família recebe R$ 2,4 mil em duas parcelasProvidencialmente em plena pandemia provocada pelo novo coronavírus, ribeirinhos considerados em situação de pobreza extrema do município de Viseu, nordeste do Pará, estão recebendo um auxílio financeiro para estruturar os sistemas de produção, de modo a superar o nível de reles subsistência e gerar renda comercializando o excedente.

O apoio vem do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), dentro do programa Fomento Rural, da Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, do Ministério da Cidadania.

Desde novembro, equipes da Emater vêm realizando visitas técnicas, reuniões e diagnóstico socioprodutivo sobre 25 famílias das comunidades Fazenda Real e Piquiauira, selecionadas pelo Ministério via indicadores como benefício do Bolsa-Família e renda familiar mensal de até R$ 89 por pessoa.

Cada família recebe R$ 2,4 mil, sem precisar pagar de volta, em duas parcelas, a partir da declaração de aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), emitida pela Emater e inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadúnico). A primeira parcela (R$ 1.400) já está sendo repassada. A liberação da segunda (R$ 1 mil) está prevista para no máximo em dois meses.

Agricultura

Vivendo às margens dos rios Gurupi e Piriá, os agricultores trabalham com roças de mandioca, milho e feijão, além de pesca artesanal e extrativismo de açaí e caranguejo, porém colhem quantidade que mal supre as próprias necessidades de alimentação. 

Os recursos estão sendo aplicados de acordo com o objetivo manifestado por cada família, sob o contexto do interesse comunitário, da capacidade de orientação da Emater e da vocação de recursos naturais identificada nas propriedades. No caso das comunidades Fazenda Real e Piquiauira, os projetos preveem a compra de freezer, canoa, rabeta, maquinários para mecanização da lavoura, entre outros. 

“O Programa Fomento é um realizador de sonhos, vamos ao encontro do sonho do agricultor. A proposta não é impor, nem tentar convencer. O recurso chega às famílias para que elas apliquem no que lhes for de mais interesse, claro que sob a perspectiva de desenvolvimento de uma atividade produtiva, em consonância com o acompanhamento técnico da Emater direcionado pelos próximos dois anos. Ali as famílias pensam em um freezer para conservar a produção, estruturar um mercadinho para vender os produtos, em melhorar as lavouras - é um conjunto de expectativas”, diz o chefe do escritório local da Emater, o engenheiro agrônomo Osmar Oliveira Filho.