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COMBATE À PANDEMIA

Acolhimento a pessoas em situação de rua prossegue em Santarém

Abrigados reconhecem a importância da medida preventiva à Covid-19 determinada pelo governo do Estado

Por Ronilma Santos (SRGBA)
29/04/2020 21h40

Iniciativa fundamental para proteger um dos segmentos mais vulneráveis da população, o acolhimento de pessoas em situação de rua, determinado pelo Governo do Pará no enfrentamento à pandemia de Covid-19, também vem colaborando desde o último dia 6 de abril para a proteção de dezenas de pessoas em Santarém, no oeste do Pará. A estrutura foi montada na sede do clube de futebol São Raimundo, conhecido por Panterão, e já atendeu 52 pessoas.

Um delas é Gleison Ferreira, 26 anos, que reconhece a importância da assistência que vem recebendo do Estado. Segundo ele, a rotina é difícil, mas “aqui está mais seguro do contágio”. “Eu sei que nas ruas vou ter mais chances de pegar o vírus. Não dá para dizer que é fácil, principalmente por estar longe do álcool e de outras drogas ilícitas, mas ao mesmo tempo isso também está sendo bom, porque eu quero me recuperar de tudo isso”, afirmou.

A ação do governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Santarém, faz parte do plano de combate ao novo Coronavírus, ressaltou o secretário Regional de Governo do Oeste, Henderson Pinto. “A ideia do acolhimento inicialmente era que tivesse a duração de 20 dias. Porém, vimos a necessidade de estender esse período, porque esse trabalho é fundamental para evitar a propagação do vírus na região, e porque essas pessoas em situação de rua estão precisando do nosso apoio. Nesse sentido, o governador Helder Barbalho teve muita sabedoria de se antecipar nas ações de prevenção”, ressaltou Henderson Pinto.

Diariamente, as pessoas participam de atividades esportivas e religiosas, e recebem ações de saúde, como forma de manter uma rotina saudável no local. A coordenadora do abrigo, Glaucya Fiore, informou que, até hoje, todo o acolhimento ocorre com tranquilidade. “A estada deles aqui tem ocorrido de forma tranquila. Hoje estamos com 16 abrigados. Muitos saíram porque são habituados a viver sempre livres; outros saíram por conta da dependência química, e também há alguns que souberam do recebimento do auxílio emergencial (pago pelo governo federal). O abrigo não é uma prisão; essas pessoas têm a liberdade de sair”, frisou a coordenadora.

São quase 60 pessoas colaborando diariamente com as atividades no abrigo, entre profissionais de saúde, segurança, assistência social e de outras áreas. Enquanto isso, a população continua doando lençóis, alimentos não perecíveis, toalhas e produtos de higiene pessoal. Os pontos de arrecadação estão concentrados no Centro Regional de Governo do Oeste do Pará (Avenida 15 de Agosto com Siqueira Campos, 120); na Semtras (atrás da Prefeitura) e na sede do São Raimundo Esporte Clube (Avenida Silva Jardim, bairro de Aparecida). Também está em funcionamento o Disque Doação: (93) 99135-1522.