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FUNCIONALISMO PÚBLICO

Apuração da Seduc resulta em prisão de servidores envolvidos em irregularidades

Por Redação - Agência PA (SECOM)
07/06/2017 00h00

A Polícia Civil prendeu na manhã desta quarta-feira, 7, quatro pessoas acusadas de fraudes na Secretaria de Estado de Educação (Seduc): uma empresária e três servidores do órgão. A quadrilha já estava sendo investigada, desde o ano passado, depois de apuradas, pela própria secretaria, denúncias de irregularidades na compra de produtos de papelaria. Com a descoberta pela Seduc da tentativa de golpe, a compra acabou não sendo consumada.

Os três servidores - que estão respondendo a processo administrativo na Seduc - manipularam a compra de produtos de expediente e de uso pedagógico, que seriam distribuídos às escolas, simulando a entrega dos produtos com documentos falsos. A ação fraudulenta foi apurada pela Ouvidoria da Seduc e as informações repassadas à Polícia, que abriu um inquérito, culminando com as prisões na manhã desta quarta.

Foram presos: Gleyciane Nascimento da Gama, empresária; Norma Coeli Miranda de Almeida de Moura, diretora da Unidade Regional e Educação (URE) de Castanhal; Luis Miguel Galvão Queiroz, ex-assessor da Seduc e Sônia Maria de Souza, chefe do almoxarifado da secretaria.

Os acusados articularam com a empresária o pagamento de faturas, mediante notas fiscais falsas, da venda dos produtos adquiridos pela secretaria, que não eram entregues ao almoxarifado. “A Seduc tem sido diligente na apuração de fatos dessa natureza para sanear a administração do órgão; Processos Administrativos têm sido abertos para investigar desvios que implicam prejuízos aos cofres públicos à administração escolar”, diz a ouvidora da Seduc, Patrícia Miralha.

As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas, vinculada à Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e o inquérito foi presidido pelo delegado Carlos Eduardo Vieira. A polícia constatou que a fraude envolvia valor superior a 600 mil reais.

As prisões e buscas foram autorizadas pelo juiz Jackson José Sodré Ferraz, da 2ª Vara Penal de Icoaraci, e as ordens cumpridas também pela Polinter e pela Superintendência da Polícia Civil de Castanhal, na manhã desta quarta-feira, 7, em Castanhal e Belém. Os presos serão interrogados e seguirão para o Sistema Penal (Susipe), onde ficarão à disposição do Judiciário.