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Sespa propõe protocolo para melhorar atenção a casos de Covid-19

Reunião com representantes das Secretarias de Saúde da Grande Belém alinhou atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (Upas)

Por Roberta Vilanova (SESPA)
01/04/2020 13h44

Reunião com representantes das Secretarias Municipais de SaúdeA Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou, nesta terça-feira (31), no auditório da Casa Civil, uma reunião com representantes das Secretarias de Saúde dos municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB), para alinhar o fluxo e melhorar a qualidade do atendimento de casos suspeitos de Covid-19 nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (Upas).

A proposta apresentada é que todas as unidades básicas continuem recebendo, fazendo triagem e orientando pacientes com síndrome respiratória e que cada município defina unidades para fazer coleta de material para exame por amostragem, atuando como unidades de referência para a Vigilância Epidemiológica. A partir de agora, apenas os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) terão, obrigatoriamente, as amostras coletadas para análise do novo coronavírus.

Sâmela Galvão e Sâmia BorgesA diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde da Sespa, Sâmia Borges, que coordenou a reunião, solicitou que as Secretarias Municipais de Saúde encaminhem as informações solicitadas até esta quarta-feira (1º), para que seja elaborado o protocolo da RMB e melhore o atendimento dos pacientes com suspeita de Covid-19.

“Esse protocolo deverá ser impresso e estar em todas as unidades básicas de saúde” - Sâmia Borges, diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde da Sespa.

Segundo a diretora do Departamento de Epidemiologia da Sespa, Ana Lúcia Ferreira, “a equipe da UBS precisa fazer a triagem, atender com cuidado e orientar corretamente o paciente com síndrome respiratória”. Isso significa que deve receber esse paciente, oferecer uma máscara a ele e logo separá-lo dos demais pacientes para o médico atender e fazer o devido encaminhamento.

Ana Lúcia Ferreira e Sâmia BorgesAna Lúcia ressaltou, ainda, a importância da notificação do caso suspeito, que deve ser feita imediatamente até 24 horas para a Vigilância Municipal. Serão notificados os casos de SRAG e os que tiverem a amostra coletada.

A coordenadora estadual de Saúde da Família, Sâmela Galvão, disse que os agentes comunitários de saúde não devem parar o seu trabalho, com exceção dos trabalhadores que têm mais de 60 anos e têm comorbidades. “Os demais devem continuar as visitas na comunidade com precauções e uso de EPIs, pois podem ajudar na identificação de casos suspeitos na comunidade e orientar a família”, destacou.

A coordenadora de Educação na Saúde da Sespa, Rosa Carvalho, informou que os municípios podem contar com médicos residentes neste momento de pandemia e que esses profissionais receberão um valor a mais para exercer essa atividade.

A assessora técnica do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Sílvia Cumaru, expôs a preocupação dos gestores municipais com a pandemia e recebeu orientação de que não devem se apressar em adquirir testes rápidos, porque o uso não é seguro como parece, pois, dependendo da qualidade e do tempo de coleta da amostra, o resultado pode dar falso negativo. Sílvia Cumaru colocou o Cosems à disposição para ajudar nas ações de combate ao novo coronavírus.

A diretora do Departamento de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde de Belém, Cláudia Matos, enfatizou que é fundamental esse pacto solidário entre as gestões municipais de Saúde da RMB e a Sespa para o combate ao novo coronavírus e garantir o bom atendimento do usuário do SUS. “Que cada um cuide do seu território e não sobrecarregue as unidades dos outros municípios”, alertou.

Dirigentes da Sespa e representantes dos municípios da RMBA coordenadora de Vigilância em Saúde de Ananindeua, Ana Pureza, informou que o município já dispõe de 76 leitos de retaguarda para Covid-19, sendo 17 para pacientes graves e 59 em enfermaria. Ela disse que está trabalhando junto aos cidadãos para que procurem atendimento sempre no próprio município.

Sâmia Borges fez um balanço positivo da reunião que ela considera como  diálogo com os municípios da RMB. “Como o registro dos casos ainda se concentra na região metropolitana de Belém, a gente precisa trabalhar um plano conjunto com todos os municípios desta região, para que o usuário consiga identificar no seu município a unidade de saúde que vai acolhê-lo e fazer a condução do caso se ele precisar de uma assistência de maior complexidade e, assim, reduzir o fluxo de usuários para um ou para outro município. Essa é importância de estarmos reunidos, conversando um a um, fazendo eles conversarem entre si, trocarem informações e a gente conseguir dar uma assistência de qualidade à população”, concluiu.