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MONITORAMENTO

Governo adquire software de segurança para monitorar e coibir aglomerações

Por Walena Lopes (SEGUP)
28/03/2020 13h17

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) estabeleceu parceria com a empresa de software In Loco, desenvolvedora de uma tecnologia que permitirá ao órgão monitorar o percentual de pessoas que se deslocam entre os municípios paraenses e pelos bairros da Região Metropolitana de Belém. O objetivo é conscientizar a população a adotar medidas que assegurem a sua saúde, mantendo as regras de isolamento social orientadas pelo Ministério da Saúde durante a quarentena de combate ao coronavírus.

O monitoramento se dará por meio de um aplicativo que acompanha o deslocamento de pessoas a partir dos sinais de aparelhos celulares, permitindo detectar aglomerações a partir da localização de um número expressivo de dispositivos móveis em um mesmo ponto por longos períodos, enviando ao servidor a informação do local e o número identificador dos aparelhos, sem, contudo, identificar diretamente o usuário.

Através dessa ferramenta será possível direcionar ações de comunicação para os municípios e bairros da capital que apresentem maior aglomeração de pessoas nas ruas.

Ualame Machado, secretário de segurança pública do Pará“Essa ferramenta demonstra o índice de isolamento social mostrando as aglomerações. Por meio dela poderemos verificar se as pessoas de fato estão ficando em casa, ou ainda mapear aqueles municípios que estão com índice adequado de isolamento ou não, para que trabalhemos mais fortemente nesses locais”, explicou o secretário de segurança do Pará, Ualame Machado.

Em Recife, a prefeitura da cidade já utiliza essa tecnologia para resguardar a saúde e a segurança da população, evitando ajuntamento de pessoas e o cumprimento dos decretos e medidas tomadas pelos governos estaduais para conter a disseminação do novo coronavírus.

“Dentro do município de Belém, por exemplo, saberemos quais são as ruas e os bairros onde as pessoas estão mantendo o isolamento. A população pode ficar tranquila, pois isso não quebra o sigilo pessoal. Nós não temos como identificar quem são as pessoas, mas identificamos as aglomerações pelo uso de inteligência artificial, através dos aparelhos celulares”, esclareceu.