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COVID-19

Ophir Loyola adota redução do fluxo interno como medida de prevenção

UTI recebe cuidados redobrados e clínicas de internação têm visitas suspensas por tempo indeterminado

Por Lívia Soares (HOL)
19/03/2020 11h52

Na quarta-feira (18), o Hospital Ophir Loyola anunciou medidas de segurança para combater o avanço do novo coronavírus. Apesar de o Pará ter apenas um caso confirmado da doença, a direção do HOL considerou importante estabelecer medidas preventivas e seguir as orientações do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde e do Plano de Contingência do Estado do Pará.

As medidas incluem a suspensão das visitas nas clínicas de internação por tempo indeterminado. Os pacientes internados nesses locais têm direito a um acompanhante, que pode ser trocado por outra pessoa apenas uma vez ao dia. 

O cuidado foi redobrado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde as visitas ocorrerão somente uma vez ao dia. Na ocasião, o visitante receberá o boletim médico atualizado. Estabeleceu-se que, durante os atendimentos ambulatoriais, realização de consulta e exames, será autorizada a entrada de um acompanhante, estritamente, quando o paciente estiver incapacitado de comparecer sozinho no hospital.

"Estamos pensando na segurança de todos, principalmente na segurança de nossos pacientes, que são imunossuprimidos e necessitam de um cuidado maior" - médico José Roberto Lobato, diretor-geral do HOL.

Ele enfatiza que os pacientes oncológicos, transplantados, pessoas idosas, com hipertensão, problemas cardíacos ou diabetes correm o risco de contrair Covid-19 como qualquer outra pessoa, porém esse grupo “é suscetível a desenvolver a forma mais grave da doença, portanto precisamos adotar essas medidas e seguir à risca para que os nossos pacientes não se contaminem", ressaltou o diretor.

Os tratamentos para pacientes oncológicos podem causar efeitos colaterais locais e sistêmicos, o que muitas vezes os deixam vulneráveis a infecções. Essa conjuntura pode elevar o risco e a gravidade de doenças infecciosas, muitas vezes inofensivas para as pessoas saudáveis.

A respeito disso, a chefe Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Ophir Loyola, a infectologista Ilce Menezes, esclarece que as ações vão contribuir para que pacientes que tenham câncer ou outras doenças associadas não venham a ser contaminadas com o novo coronavírus.

"De acordo com o trabalho realizado na China, as pessoas mais afetadas foram idosos, cardiopatas, hipertensos, diabéticos, oncológicos, ou seja, pacientes com comorbidades. Os nossos usuários se enquadram justamente aí, passam por quimioterapia, têm o sistema imunológico mais sensível, portanto a capacidade de resposta deles a esse tipo de vírus é muito menor, logo a melhor estratégia é a prevenção".