Usinas pela Paz vão consolidar ações de cidadania na capital e no interior
A construção dos espaços deve iniciar em abril na Região Metropolitana de Belém e nos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás
Depois de 137 mil atendimentos em sete bairros da Região Metropolitana de Belém (RMB), realizados apenas durante os primeiros seis meses de funcionamento, o Programa Estadual Territórios pela Paz (TerPaz) dá o próximo passo para, literalmente, se consolidar em todo o Estado. Estão previstas para o início do próximo mês - se não houver intercorrência devido à pandemia no novo Coronavírus (Covid-19) - as obras de nove Usinas da Paz (UsiPaz), sendo cinco na capital – nos bairros do Benguí, Cabanagem, Guamá, Jurunas e Terra Firme -, uma em Ananindeua (bairro do Icuí-Guajará), uma em Marituba (bairro Nova União) uma em Parauapebas e outra em Canaã dos Carajás, estes dois últimos municípios do sudeste paraense.
De acordo com o secretário de Estado de Articulação da Cidadania, Ricardo Balestreri, trata-se da construção e/ou adaptação de equipamentos públicos, onde a população terá acesso a serviços, programações de cultura, lazer, atividades esportivas e outras ações. O critério de escolha dos locais de instalação é diretamente relacionado aos índices históricos de violência das últimas décadas - e que já foram reduzidos a partir da implementação do TerPaz, presente desde junho do ano passado em Belém, Ananindeua e Marituba.
"As estatísticas da Segurança Pública traziam a informação de que essas áreas são de comunidades trabalhadoras, criativas, com articulações populares significativas. Terras férteis, onde plantando nós colheremos frutos altamente significativos para a construção da cidadania e da paz no Estado do Pará", ressaltou o secretário.
Parceiras do Governo do Pará, as empresas Vale e Hydro irão arcar integralmente com os custos de construção das Usinas. A Vale já assinou a ordem de serviço para as obras no Benguí e na Cabanagem (em Belém), no Icuí-Guajará, no Nova União, em Canaã dos Carajás e Parauapebas. A Hydro, empresa norueguesa de alumínio, será responsável pelos espaços no Guamá, Jurunas e Terra Firme.
Alma do TerPaz - "A criação desses espaços permanentes sequenciam um programa de implementação de atividades sistêmicas e permanentes, que são a alma do Programa TerPaz. O conteúdo, o atendimento, a mobilização da comunidade e a presença do Governo, isso vem primeiro. Mas só a alma é difícil institucionalizar onde não há equipamentos públicos. Essas usinas serão fundadas como geradoras da luz da cidadania, sucedendo uma ação intensa de 35 secretarias e órgãos governamentais", destacou Ricardo Balestreri.
Cada imóvel terá 8,5 mil metros quadrados de área construída para a prestação de múltiplos serviços, com salas de atendimento, concentração de serviços do Estado em meio a essa localidade, espaços para o uso da comunidade, articulações de mulheres, jovens, e condições para sediar e receber atividades culturais, esportivas e de lazer, com parque esportivo, piscina, quadras e outros recursos.
Atualmente, o TerPaz chega a 20 mil atendimentos por mês. No entanto, o titular da Secretaria de Estado de Articulação da Cidadania (Seac) reconhece que, na medida em que as demandas forem atendidas, o volume de atendimentos deve diminuir naturalmente. A expectativa é de cerca de um ano para entrega dos equipamentos em pleno funcionamento. "Mesmo sabendo que pode haver problemas, vamos negociar com muita celeridade, caso venha algo inusitado ou inesperado, para que haja um mínimo de extensão de tempo, se for preciso, para cumprir o desejo do governador Helder Barbalho da consolidação material e palpável dos Territórios pela Paz", reforçou o secretário.