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Flexibilização curricular do novo Ensino Médio é tema de formação na Seduc

Por Leidemar Oliveira (DETRAN)
10/03/2020 17h41

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) está em processo de construção de uma proposta de flexibilização curricular para as escolas piloto do Programa Novo Ensino Médio. Para garantir o engajamento de todos os profissionais da educação nesse processo, a Secretaria está realizando formações com as escolas que adeririam ao Programa. A primeira formação, ocorrida no início deste mês, foi destinada aos técnicos da área de ensino da Secretaria e das USEs (Unidade Seduc na Escola) e UREs (Unidades Regionais de Educação). Nesta terça-feira (10), o ciclo formativo continuou com a participação de coordenadores pedagógicos das respectivas escolas piloto de ensino médio regular e de tempo integral. 

No Pará há 257 escolas piloto do programa do novo Ensino Médio, sendo 25 delas de tempo integral. A formação aconteceu em Belém e nos pólos de Castanhal e Santarém. Nos dias 12 e 13 de abril o ciclo continua com mais três pólos: Marabá, Bragança e Abaetetuba e, na sequência, será concluída com a formação dos professores.  

A coordenadora pedagógica das escolas de Tempo Integral da Seduc Darcilena Correia, explica que todas as escolas estaduais já têm um Projeto Político Pedagógico (PPP), porém, com a implantação do programa do Novo Ensino Médio, esse projeto deverá ser reestruturado, com base nas propostas da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). “Além de coordenar as ações pedagógicas nas escolas neste processo de implantação, estes profissionais da educação têm a responsabilidade de articular as ações para a reelaboração do PPP flexibilizado, cujo prazo de apresentação se encerra em dezembro deste ano”, explica.

Esses PPP devem levar em consideração a gestão democrática, o diálogo com alunos e professores e a comunidade escolar como um todo. A função da escola na vida do aluno e o território onde está inserida também devem ser pauta do ensino e das ações da escola. 

As formações são direcionadas pela Seduc com o apoio da consultoria da Fundação Vanzolini e do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). O técnico do Cenpec Júlio Neres explica que a discussão sobre as juventudes deve ser o eixo norteador para todo o processo de implementação do novo ensino Médio no Brasil, inclusive das propostas de flexibilização curricular que torne a escola um local atrativo aos alunos. “Sabemos que a evasão no ensino médio no Brasil é enorme, temos uma juventude com características peculiares e um modelo de escola que está um pouco distante desses jovens. Os coordenadores pedagógicos devem discutir o projeto de vida desses jovens, o que ele pensa da sociedade e que futuro ele quer construir”, destaca.