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Ações integradas de recaptura e revistas integram a Operação Muralha

As equipes também começaram a padronização na Central de Triagem da Marambaia, em Belém

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
28/02/2020 21h34

A Operação Muralha, deflagrada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio do Comando de Operações Penitenciárias (Cope), realizou ações de busca e recaptura de foragidos e evadidos, além de revistas em unidades prisionais nesta sexta-feira (28), na Região Metropolitana de Belém.

Iniciadas pela manhã, as ações mobilizaram 28 agentes do Cope, divididos em sete equipes, na busca a 21 custodiados. As equipes realizaram revista geral na Central de Triagem da Marambaia (CTMab). Com a retirada dos 232 internos do bloco carcerário, foram revistadas nove celas e encontrados materiais indevidos, entre os quais uma extensão e um pen drive. O pen drive foi apreendido e encaminhado à Assessoria de Segurança Institucional (ASI) para verificação de conteúdo. Os internos da cela em que foi encontrado o objeto responderão a Procedimento Disciplinar Penitenciário (PDP).

“Recebemos a operação da melhor forma possível, apesar de que nossa casa há bastante tempo é bem tranquila, já com alguns procedimentos iniciados. Mas a vinda do Cope, realmente, ajusta a casa dentro do padrão que deve ter toda a unidade penal. O que esperamos é um ajuste de todas as formas, tanto nos procedimentos aos internos, como em toda a infraestrutura da unidade, que seja melhorada e adequada ao bom funcionamento”, disse o diretor da CTMab, Wallace Silva.

“A Operação Muralha visa fazer o cerco total aos foragidos e evadidos na Região Metropolitana e àqueles que estão com irregularidades no uso do monitoramento eletrônico, além das revistas nas centrais de Belém”, informou o comandante do Cope, coronel Vicente Neto.

De acordo com o diretor de Administração Penitenciária da Seap, Ringo Alex Frias, a importância da operação é garantir o controle sobre a população prisional, intensificando a disciplina. “Destaca-se a questão da organização, da limpeza, da vigilância aproximada, do controle de pátio e retirada do maior número de materiais ilícitos que possa haver dentro de nossas unidades prisionais. Por sua vez, as recapturas têm importância diretamente com a questão dos evadidos, foragidos do sistema penitenciário ou que estejam em descumprimento das medidas cautelares impostas pelos juízes”, acrescentou.

Procedimentos - A partir de hoje, a Central de Triagem recebe a implantação de procedimento e protocolos de conduta, pelo período de 15 dias. Após a remoção dos internos para o solário, foi iniciada a higienização das celas, com limpeza, retirada de dejetos e material acumulado, com a participação dos internos.

A unidade passará por reforma e serão entregues kits de higiene e uniformes para os internos, que também receberão corte de cabelo e passarão por triagem biopsicossocial.

Por medida de segurança, as visitas à unidade estão suspensas por 30 dias, conforme a Portaria nº 230/2020, que pode ser consultada aqui.

Transformação - A implantação de procedimentos tem sido realizada pela Seap nas unidades da capital e do interior do Estado. Apenas neste ano, seis unidades já passaram por procedimentos de padronização – o Complexo Penitenciário de Marabá; a Central de Recaptura de Condenados (CRCO), em Belém; o Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC), em Ananindeua; o Centro de Recuperação Regional de Paragominas (CRRR); o Centro de Recuperação Regional de Redenção (CRRR) e o Centro de Recuperação Regional de Salinópolis (CRRSAL). 

Com a implantação de portarias, padronização de ações e a transformação do cárcere em um ambiente mais humanizado, a redução nos índices de criminalidade é um dos resultados já aferidos pelo sistema de segurança, uma vez que as ações no cárcere afetam a realidade de toda a sociedade.