Estado vai implantar identificação biométrica em unidades penitenciárias
A medida, pioneira no Pará, aumentará a segurança no sistema prisional e ajudará na resolução de crimes
Para facilitar o processo de identificação pessoal, aumentando as normas de segurança, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), já firmou contrato para a implantação de identificação biométrica, ainda no primeiro semestre de 2020, em todas as unidades penitenciárias e administrativas da Secretaria, nesta segunda-feira (27), em Belém.
De acordo com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, o pioneiro sistema de biometria, incluindo a leitura facial, promoverá maior segurança à gestão do sistema penitenciário, e também contribuirá para a gestão mais eficiente do sistema de segurança pública e para maior rapidez na elucidação de crimes. “O sistema é muito bom. É um dia muito feliz para nós, como segurança pública. É uma das primeiras coisas que eu gostaria de ter feito na Secretaria, e hoje começamos a caminhar. Trabalharemos para que, em 30 dias, já estejamos vendo a primeira unidade prisional do Pará funcionando com essa racionalidade de gestão, que é dada pela biometria”, ressaltou o titular da Seap.
O sistema fará a coleta de dados e a vinculação ao Infopen (sistema digital da Seap para identificação dos detentos). Equipes da empresa responsável serão deslocadas para todas as unidades, levando equipamentos de coleta biométrica, máquinas fotográficas e coleta de assinaturas. Haverá também equipamentos fixos nas unidades para utilização em vários procedimentos, como a chegada de novos presos.
Segundo o diretor do Núcleo de Tecnologia de Informação (NTI) da Seap, Renan Augusto da Silva, o sistema biométrico surgiu para melhorar a identificação do preso no período de custódia. "A facilitação na identificação será importante, dentre outros fatores, devido aos altos índices de reincidência criminal, o que promove a entrada do mesmo indivíduo repetidas vezes no sistema prisional", ressaltou, acrescentando que a segurança no acesso às unidades também será ampliada pela biometria, na identificação de funcionários, visitantes e outras pessoas.
Integração - Outro fator relevante do novo sistema é a integração dos dados obtidos a uma base de dados nacional, o que facilitará a resolução de crimes e a identificação dos acusados, em diferentes estados. “A partir deste ano começamos a integrar a base de dados nacionais, o que torna possível cruzar dados com outros estados. Na medida em que identifico presos e cruzo esses dados com os demais entes federativos, solucionar crimes se torna uma demanda mais branda", afirmou Renan da Silva.
O secretário Jarbas Vasconcelos destacou ainda os avanços alcançados pela Seap em 2019, como o aumento na elucidação de crimes em parceria com a Polícia Civil, para a implantação da identificação biométrica. “O Pará, no ano passado, teve um avanço enorme e, agora, com a biometria dos internos e de quem visita o sistema prisional, nós vamos ter uma capacidade de resolução muito grande dos crimes que ocorrem, o que vai facilitar o tempo de resposta do Estado diante do crime, aumentando a confiança do cidadão e de todos nas ações feitas pelo Estado em termos de segurança pública”, garantiu.