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Empresa instalada no PCT Guamá oferta serviço de análise de gemas e joias

Por Juliane Frazão (PCTGuamá)
24/01/2020 11h16

A Karajaz, empresa residente no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém, inaugurou serviços de análise de gemas e joias a preços acessíveis, disponíveis ao público em geral. Diamantes, esmeraldas, rubis, turquesas e quartzos são exemplos de gemas minerais, com alto valor agregado, utilizadas na indústria joalheira ou, em alguns casos, alvos de falsificações ou substituições por pedras sintéticas (feitas em laboratórios) ou simulantes naturais com preços inferiores.

Para auxiliar o consumidor a ter maior consciência na hora da compra, os geólogos e gemólogos da Karajaz utilizam aparelhos como microscópio gemológico, lupas, refratômetro, polariscópio, dicroscópio, espectroscópio, balanças, paquímetro, filtros e teste para diamantes para analisar as gemas e, a partir disso, emitir um certificado de autenticidade das pedras. “Comercialmente, aberto ao público geral, esse tipo de serviço ainda não era oferecido aqui na região. O nosso objetivo é auxiliar na educação dos consumidores de joias, para que possam ter certeza de que estão pagando o valor justo pela peça”, informa a geóloga gemóloga Rejane Amaral, uma das sócias da empresa.

Uma gema simulante tem apenas a aparência semelhante à sua correspondente natural, mas suas propriedades óticas, físicas e químicas são diferentes. Já a sintética reproduz todas estas propriedades, apenas é feita em laboratório. Além das substituições, é comum a utilização de nomes similares como estratégia para atrair o consumir. “Um exemplo é o topázio imperial, uma gema encontrada na região de Minas Gerais, que por ter valor elevado é comumente substituída pelo citrino, uma gema também natural, mas de menor valor, que impropriamente recebe o ‘apelido’ de Topázio Rio Grande. Não há problema algum em comprar uma joia com vidro ou pedra de menor valor agregado, desde que o cliente tenha ciência e esteja pagando o preço correspondente”, afirma Rejane. 

“É importante também educar o público a respeito da prática do disclosure (divulgação, em tradução livre), pois o mundo de gemas simulantes e sintéticas é bastante criativo e busca a perfeição em reproduzir a aparência de gemas naturais. Os processos de síntese são tecnologicamente muito interessantes e desafiadores produzindo materiais belíssimos, que têm seu espaço no mercado e que por isso mesmo deve ser comercializado como tais. No mercado internacional, o disclosure é uma prática comum em que toda joia é vendida com o devido certificado por exigência do consumidor. Não confundir certificado com garantia”, complementa Rejane.

Cada gema tem a sua assinatura

As pedras preciosas são formadas a partir de processos geológicos, envolvendo gradientes de temperatura, pressão e combinação de diferentes elementos químicos. Durante a formação, adquirem inclusões internas, feições que podem ser identificadas por geólogos por meio de instrumentos específicos. "Em um par de brincos de diamantes de mesmo tamanho e lapidação, por exemplo, por mais que pareçam uniformes, ao microscópio, conseguimos identificar as inclusões específicas de cada um. Por isso a importância do certificado, desta forma, quando o consumidor o tem em mãos, a partir das fotos das peças, é possível provar a propriedade, já que nenhuma peça é igual à outra”, explica a geóloga gemóloga.

O artigo 655 do Código de Processo Civil, posiciona as pedras preciosas em segundo lugar na lista gradativa de oferecimento de bens à penhora. "No Brasil, por lei, apenas geólogos, engenheiros geólogos e engenheiros de minas podem fazer análises de gemas e emitir certificados de autenticidade,[RT2]  portanto esse documento confere maior transparência em situações de negociação de dívida ou penhora”, ressalta Rejane.

Sobre a Karajaz

Empresa de base tecnológica, a Karajaz utiliza tecnologias como modelagem 3D, prototipagem rápida e fundição em cera perdida para produzir joias em série, feitas a partir de matérias-primas locais.

Atua em todo o processo produtivo, desde a pesquisa geológica e exploração da gema até a fabricação e escoamento do produto finalizado. É formada por geólogos, gemólogos e especialistas em produção industrial de joias, designers (modelistas 3D) e prototipadores de produtos de joalheria.

Também oferta capacitações para o público em geral e para profissionais do setor de joalheria. Nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro irá promover o curso “QAQC aplicado à pesquisa mineral, definição de recursos e operação de mina”. No dia 30 de março será realizado um curso de gemologia básica para o público em geral.

Seviço: Oferta serviço de análise de gemas e joias, abertos ao público em geral, e a preços acessíveis. Mais informações: (91) 98310-1940 / contato@karajaz.com.br