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Terapia ocupacional auxilia tratamento de pacientes internados

Por Felipe Gillet (HC)
26/11/2019 17h23

A dona de casa Benedita Nascimento (e) relaxa com as dinâmicas enquanto espera a cirurgiaA  dona de casa Benedita Nascimento, 64 anos, aguarda para fazer cirurgia cardíaca de revascularização do miocárdio, na Clínica Médica da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), em Belém. A paciente se recupera de um infarto, e o procedimento deve oferecer mais qualidade de vida. Nos dias que antecedem a cirurgia, ela participa de grupos de educação em saúde e realiza atividades de relaxamento, como meditação, assistir a filmes e cantar no karaokê. Para Benedita Nascimento, as atividades proporcionadas pela equipe da Terapia Ocupacional ajudam a diminuir a ansiedade. “As atividades me acalmam, me tranquilizam”, afirmou a paciente.

A Terapia Ocupacional (TO) é uma especialidade integrada à equipe multidisciplinar da FHCGV, que atende aos pacientes psiquiátricos, cardiopatas e nefropatas (com doenças nos rins). As equipes atendem a todas as faixas etárias, e indivíduos com a capacidade de mobilização comprometida por incapacidades breves ou permanentes.

Na Clínica Psiquiátrica, a TO promove inclusão social e ocupacional, e por meio das atividades o profissional consegue definir o melhor tratamento para cada paciente. “Nós trabalhamos o autocuidado, a responsabilidade com o tratamento, para não ter outro surto, senão o paciente acaba voltando”, explicou a terapeuta ocupacional do Setor de Internação Breve, Marly Maciel.

Na Clínica Médica, onde a dona de casa Benedita aguarda cirurgia, a TO trabalha com pacientes cardiopatas e nefropatas que necessitam de adaptação da rotina por conta da limitação funcional. Os pacientes participam de grupos semanais de educação em saúde, que abordam os cuidados a serem tomados após a alta hospitalar. “A gente vai sensibilizar sobre o diabetes, pressão alta, hábitos alimentares, hábitos de rotina que podem interferir negativa ou positivamente na saúde e no retorno para outra internação”, ressaltou a residente de TO, Jessica Maia.A residente de TO Jessica Maia (d) acompanha uma paciente

Controle da ansiedade - A paciente Yanka Rodrigues, 23 anos, que se recupera de uma cirurgia cardíaca, aprovou as atividades no primeiro dia em que participou da terapia ocupacional. “Melhora a nossa convivência, a gente sai do quarto e pode socializar. Assim, a gente se diverte e distrai a cabeça pra não ficar pensando em doença”, contou.

O sentimento diante da internação, o preparo para um procedimento cirúrgico ou a espera pela alta são situações que podem gerar ansiedade e dificultar o tratamento. A terapeuta ocupacional da Clínica Médica, Márcia Nunes, disse que a especialidade também pode controlar a ansiedade e proporcionar benefícios até fora do hospital. “As atividades conseguem diminuir a ansiedade, melhoram a atenção, concentração, raciocínio, tolerância, socialização. Tudo o que o paciente aprender aqui vai poder aplicar lá fora”, acrescentou a profissional.

A terapeuta da Clínica Médica Márcia Nunes (d) destaca os benefícios fora do hospital