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'PÉ YBYRÁ'

Operação fecha garimpo clandestino de exploração de ouro em Novo Progresso

Local foi embargado pela equipe da Semas e Comando de Polícia Ambiental, da PM

Por Ronan Frias (SECOM)
26/11/2019 09h50

Extração do minério não tinha autorização do órgão ambiental responsávelUm garimpo clandestino foi identificado e interditado, durante a tarde de segunda-feira (25), na zona rural do município de Novo Progresso, sudoeste paraense. A extração de ouro não tem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) e licença do órgão ambiental responsável. O local da exploração do minério foi encontrado pela equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e do Comando de Polícia Ambiental (CPA), da Polícia Militar do Pará, que está atuando na operação "Pé ybyrá" ao longo da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém.

Toda a área do garimpo foi embargada. Durante as ações, foram aprendidos um motor utilizado para a lavra do minério, outro motor usado para geração de energia, uma motosserra e um rádio comunicador. "O garimpo foi totalmente desmontado. O local fica distante cerca de 110km da sede do município. O proprietário da área já foi identificado e as equipes tentam localizá-lo", conta o fiscal da Semas, Marco Aurélio Xavier.

Operação “Pé ybyrá” – Em Tupi, significa caminho/estrada da madeira, referência ao local de ação das equipes, que estão concentradas ao longo da rodovia BR-163, em trechos dos municípios de Novo Progresso, Altamira e Itaituba.

Até agora, o grupo já percorreu mais de 4 mil km, e apreendeu diversos equipamentos e até armas de fogo, entre eles, uma pistola 380, radiocomunicador, tratores e motosserras, além de 96 metros cúbicos de madeira, sendo 38 toras da espécie Acapu, cuja exploração é proibida por lei. A carga pode ser leiloada ou doada. Além do garimpo, três acampamentos clandestinos foram destruídos pelas equipes.

"Os nossos esforços são para impulsionar o crescimento aos que estão dispostos a agir dentro da lei, mas também somos rígidos com quem viola a legislação. Trabalhamos para trazer desenvolvimento sustentável, respeitando as vocações naturais do Pará" - Mauro O'de Almeida, titular da Semas.

Embargo – Após o monitoramento realizado via satélite e a confirmação em campo, a Semas já embargou cerca de 10 mil hectares por desmatamento ilegal na região de abrangência da operação. As propriedades serão incluídas na Lista do Desmatamento Ilegal do Estado do Pará (LDI) e ficarão vedadas para obter concessão de licenças, autorizações, serviços ou qualquer outro tipo de benefício ou incentivo público por órgãos e entidades da administração pública estadual, até a retirada da listagem, por meio do Programa de Regularização Ambiental (PRA).