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Pacientes da Santa Casa recebem livros de tripulantes do Navio-Livraria Logos Hope

Por Dayane Baía (ARCON)
25/11/2019 19h08

Música e personagens infantis alegram o ambiente hospitalarTripulantes do Navio-Livraria Logos Hope visitaram pacientes da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém, nesta segunda-feira (25). Os integrantes da maior livraria flutuante do planeta, ancorada no porto da capital paraense, conheceram o trabalho desenvolvido na instituição pelo Comitê de Humanização, que conta com mais de 100 voluntários. A atividade filantrópica do hospital vai ao encontro da missão da embarcação, de levar conhecimento e esperança a milhões de pessoas ao redor do planeta.

Maria do Socorro Lopes voltou à Santa Casa como voluntáriaO grupo acompanhou de perto o trabalho dos voluntários com os acompanhantes e pacientes da pediatria. Com pintura facial e roupas coloridas, a estudante de Enfermagem Jéssica Freitas, 25 anos, integra o Comitê há cerca de um ano. “Às vezes, as crianças ficam com receio dos profissionais vestidos de branco. Com nossas roupas lúdicas, conseguimos fazer a diferença na rotina delas”, ressaltou.Visita ao Comitê de Humanização da Fundação Santa Casa

Maria do Socorro Lopes, 58 anos, sabe da importância do voluntariado. Trigêmea, ela nasceu na maternidade da Santa Casa, e morou com os dois irmãos no antigo abrigo do hospital durante 20 anos. “No início, precisávamos de cuidados constantes, e depois não nos adaptamos à vida com nossos pais biológicos. Sentíamos falta das freiras, chorávamos. Então, a instituição nos acolheu e fomos criadas por elas”, recordou. Três décadas depois, ela retornou à Santa Casa, desta vez como voluntária, doando seu tempo para outros pacientes. “É uma forma de retribuir o carinho que recebemos. É caridade. É amor”, afirmou Maria do Socorro Lopes.

Solidariedade - De acordo com Clévia Dantas, coordenadora do Comitê de Humanização da Santa Casa, a solidariedade é uma das estratégias da Política de Humanização. “É produzir saúde focado no cuidado, na sensibilidade do ser humano. O Comitê busca garantir esse direito”, complementou a coordenadora. O trabalho já é desenvolvido há sete anos e cadastrou cerca de 800 voluntários, entre acadêmicos, servidores, usuários e profissionais.Clévia Dantas, coordenadora do Comitê de Humanização da Santa Casa, destacou a importância da solidariedade

A solidariedade também é um dos pilares na missão do navio Logos Hope. ”A equipe deles vem aqui para trazer livros, música, paz e esperança para os corações aflitos”, disse a coordenadora. O espanhol Kico Chen é de uma das 60 nações representadas na tripulação, e ficou feliz com o trabalho desenvolvido na Santa Casa. “Eles estão salvando vidas, e isso é bom. Deus está com eles”, declarou o missionário.

O espanhol Kico Chen, tripulante do Logos, aprovou o trabalho realizado na Santa CasaOs voluntários do “Logos Hope” ficaram sabendo do trabalho do grupo de Humanização da Santa Casa por meio das redes sociais. Na semana passada, um grupo de mulheres escalpeladas foi visitar o navio. Entre elas estava a autônoma Iranilda Magno, 47 anos, que sofreu o acidente aos 10  anos, e até hoje faz tratamento para amenizar as sequelas do escalpelamento. Ela disse que gostou muito de conhecer a embarcação. “Eles nos trataram muito bem. Acho que gostaram daqui também. É uma casa que acolhe e luta pela saúde das pessoas”, disse Iranilda Magno. 

O navio ficará aberto à visitação até o próximo dia 27 (quarta-feira). Além das vítimas de escalpelamento, está programada para esta terça-feira (26) uma visita às crianças em tratamento no Serviço de Terapia Renal Substitutiva, que fazem sessões de hemodiálise semanalmente na Santa Casa.