Sectet e universidades investem em alimentos que garantem 'sustentabilidade humana'
O primeiro passo para a implementação de um conjunto de ações que potencializarão as cadeias produtivas do oeste do Pará foi dado nesta segunda-feira (25) com a assinatura da minuta de um convênio entre a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) e a Rede Nutracêutica, formada pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA).
O titular da Sectet, Carlos Maneschy, com a minuta do convênio, ao lado do pró-reitor da Ufopa, Domingos Diniz e do professor Igo Leite
“É um projeto pioneiro que reúne órgãos estaduais e federais no desenvolvimento de alimentos com comprovado benefício para a saúde humana, os chamados nutracêuticos”, resumiu o titular da Sectet, Carlos Maneschy. Ele explicou que, para chegar a esses alimentos, serão feitos investimentos na construção de laboratórios nas Escolas de Ensino Técnico do Pará (Eetepas) e na capacitação dos servidores dessas escolas, para que assessorem os produtores da região, potencializando as cadeias produtivas.
Sustentabilidade - Todo esse trabalho será coordenado pela Rede Nutracêutica e gerenciado pela Fundação de Integração Amazônica (Fiam). O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufopa, Domingos Diniz, acrescentou que o objetivo maior é promover desenvolvimento com a floresta em pé. “Serão estudados os alimentos da floresta que garantem, promovem a saúde das pessoas. É a sustentabilidade humana”, acrescentou o professor.
A primeira ação do projeto será a capacitação dos profissionais, após a construção de laboratórios de solo, microbiologia, bromatologia e qualidade de água nas escolas técnicas que funcionam nos municípios de Oriximiná, Santarém, Monte Alegre e Itaituba. “A partir disso será feita a valoração dos arranjos produtivos desses municípios, onde os produtores receberão completo assessoramento técnico e tecnológico”, informou Igo Leite, professor da Ufopa e representante da Fiam.O secretário Carlos Maneschy no momento da assinatura do documento
Comprovação - Serão estudadas frutas, sementes e peixes da região, que serão utilizados para a produção dos alimentos nutracêuticos, que concentram os potenciais nutritivos e farmacêuticos das matérias primas. Testes nos laboratórios serão feitos para comprovar os benefícios que esses alimentos trazem para a saúde humana. Os primeiros resultados devem ser gerados em três anos.
Domingos Diniz frisou que, com a comprovação dos potenciais nutracêuticos, os alimentos passarão pela certificação internacional ISO, sigla em inglês da Organização Internacional para Padronização. “Cada etapa da produção dos alimentos passará pela certificação: geográfica, orgânica e nutracêutica”, reiterou Domingos Diniz.