Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
BENEFÍCIO

Estrutura de rampas na ponte Rio Moju será transformada em porto público

Por Kátia Aguiar (COHAB)
08/11/2019 19h59

A estrutura de rampas flutuantes instaladas pela Secretaria de Estado de Transportes (Setran) para travessia de veículos por balsas na área da ponte Rio Moju será transformada em um porto público, após a reabertura da Alça Viária no próximo dia 15 de dezembro, com a conclusão das obras de reconstrução do vão central da terceira das quatro pontes que compõem o complexo viário na Rodovia PA-483.

A decisão tomada pelo Governo do Pará visa beneficiar a população local, que utiliza os rios da região (Guamá, Acará e Moju) para transportar açaí dos municípios do Baixo Tocantins - maiores produtores do fruto -, que abrange Abaetetuba, Acará e Moju, área de influência da Alça Viária.

Segundo projeto elaborado pela Setran, o porto será público, sem agente de operação, apenas com segurança da Marinha e da polícia. “Além de fomentar a economia local, o porto terá caráter estratégico pra qualquer operação de manutenção das defensas da nova ponte, agilizando a chegada das equipes de reparos até o local por meio das rampas já instaladas”, detalhou o secretário de Estado de Transportes, Pádua Andrade. Segundo ele, haverá um projeto de legalização para operação portuária pública, sem agentes, e a conservação ficará a cargo da Setran.

Escoamento - Poderão utilizar o novo porto balsas de até 1.000 toneladas e barcos de pequeno porte, como as embarcações utilizadas pela família de Fernanda Ferreira, que coleta açaí às margens do Rio Moju. “Parte da nossa produção é destinada às fábricas para exportação por via terrestre. Mas outra grande quantidade segue de barco daqui até a Feira do Açaí, em Belém. Com certeza, uma estrutura de porto vai agilizar o embarque e melhorar a segurança”, afirmou.

Morador há mais de 30 anos em Moju, o coletor de açaí Antônio Santos disse que toda melhoria para o escoamento da produção é bem recebida, assim como para embarque e desembarque de passageiros. “Um portinho será muito bom para todos nós, pois poderemos embarcar nossa produção e ainda subir e descer dos nossos barcos com segurança, pois é esse o meio de transporte que temos aqui”, acrescentou.

Para montar a infraestrutura para a travessia, a Setran investiu R$ 1,8 milhão nos dois portos, em cada margem do rio, e deve investir outros R$ 500 mil para concluir o porto após cessar a travessia. O prazo para término da obra é de quatro meses (120 dias), a contar de 15 de dezembro. O acesso será por ambas as margens do rio.