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Polícia prende acusado de comandar milícia em Ananindeua

Armas, munições e fardamentos também foram apreendidos durante a operação policial

Por Walrimar Santos (PC)
08/11/2019 11h03

Uma força-tarefa formada por policiais civis da Superintendência da Região Metropolitana, da Seccional do Paar e da Delegacia do bairro do Aurá deflagrou operação policial, nas primeiras da manhã desta sexta-feira (8). O objetivo foi cumprir mandado de busca e apreensão em uma casa que era usada para guardar armas, munições e fardamentos que seriam usados por um grupo de milicianos que atua em Ananindeua, na região metropolitana Belém. No local foi preso em flagrante o dono do imóvel, Frutuoso Santos, acusado de comandar uma milícia no bairro do Curuçambá, nesse município. 

Os resultados da operação policial foram levados para a seccional do Paar, em Ananindeua. Segundo o diretor de Polícia Metropolitana, delegado Marco Antonio Duarte, as investigações apontaram que o grupo de milicianos é responsável em cometer assassinatos no bairro. Um dos homicídios que teria sido cometido por Frutuoso Santos teve como vítima um adolescente, no ano passado. 

Na ocasião, o menor foi alvejado a tiros, enquanto estava dentro de uma propriedade particular colhendo açaí. Um outro jovem, que estava junto da vítima, conseguiu escapar dos disparos. "Há testemunhas que relatam a atividade ilícita por parte de Frutuoso, atribuindo a ele a autoria ou participação em homicídios, sendo os integrantes de seu grupo uma espécie de 'justiceiros' do bairro do Curuçambá", detalha o delegado. 

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência do acusado, foram encontradas diversas armas e munições, além de objetos táticos e operacionais, como gandola do exército (fardamento), uma carteira de detetive particular em nome do acusado e vestimenta com insígnias (identificação visual) da Capitania dos Portos. Frutuoso vai responder pela posse ilegal das armas e munição. O uso do documento e das vestimentas serão apurados. As investigações terão continuidade para identificar os demais integrantes do grupo criminoso.  

A operação policial atende as demandas do PNECV (Programa Nacional de Enfrentamento a Criminalidade Violenta), lançado em Ananindeua em 30 de agosto deste ano, sob organização do Ministério da Cidadania e subordinado à Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), para promoção social de implementação de políticas públicas de Segurança Pública e definição de estratégias voltadas ao combate ao crime junto à sociedade.