Pará reafirma compromisso de desenvolver combatendo a emissão de CO2
O encontro realizado nesta terça-feira (5) deliberou temáticas que podem auxiliar na criação de ações voltadas ao clima e para o desenvolvimento do Pará respeitando o meio ambiente.
"É fundamental que todos estejam envolvidos nesta pauta. Temos que construir políticas públicas e ações que possam evitar que as mudanças climáticas sejam um problema gravíssimo para a sociedade. Nós já estamos enfrentando consequências como o aumento das chuvas, alteração nas temperaturas e isto tudo nos exige responsabilidades e soluções que possam compatibilizar as demandas econômicas, as vocações econômicas da nossa região, sem que as mesmas estejam conflitantes com a preservação ambiental e as mudanças no clima", disse o governador do Estado do Pará durante a fala de abertura da primeira reunião do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climáticas (FPMAC).
Helder Barbalho também é o presidente do Fórum criado por meio do decreto de n° 254, de 08 de agosto de 2019. O FPMAC tem como objetivo o amplo debate sobre redução de gases de efeito estufa, desenvolvimento sustentável, a necessidade de medidas de adaptação climática, os ecossistemas florestais presentes que exercem papel fundamental na regulação climática em nível local e regional.
Para o chefe do executivo paraense, a abertura do evento foi o momento de reforçar uns dos principais eixos do governo, o crescimento com respeito à diversidade: "Reafirmo o compromisso do Governo do Estado de construir soluções que possam permitir que o Pará desenvolva de forma sustentável", comentou.
União pelo Clima: O evento realizado nesta terça-feira (05), no auditório central da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em Belém, apontou não apenas a preocupação do Governo do Estado com o tema, mas também marca o diálogo interinstitucional e com a sociedade civil, representada nas 39 entidades que compõem tanto a plenária (24 participantes) quanto o Comitê Deliberativo do Fórum (15 participantes).
"A presença de um Comitê executivo e uma grande Plenária faz com o que as ações sejam mais democráticas. Os resultados das discussões da plenária são levados ao comitê que aprofunda e refina o assunto. Posteriormente, as propostas devem ser levadas ao poder central para decidir as políticas públicas", avaliou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O'de Almeida.
Ubirajara Sompré participou do evento como representante da Federação dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA) e avaliou como positivo o encontro.
A federação é uma das instituições que participam do Comitê Executivo. “A nossa participação e contribuição são muito importantes. Nós somos 55 povos indígenas em 55 municípios. Não tem como nós ficarmos fora dessa discussão tão importante para os povos indígenas, para Amazônia e humanidade”, contou Ubirajara Sompré.
Após a abertura da reunião, os representantes presentes iniciaram o processo de contribuição com o regimento interno do FPMAC que foi aprovado. A proposta inicial, prevista em decreto é que os membros do Fórum se reúnam, ordinariamente a qualquer momento que seja solicitado pela secretaria executiva, atualmente exercida pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. A Próxima reunião ainda não tem data prevista.
Membros do Comitê: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia; Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica; Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas; Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca; Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará; Universidade do Estado do Pará (UEPA); Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG); Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira (AIMEX); Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA); Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Pará (FETAGRI-PA); Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (FAMEP); The Nature Conservancy (TNC); Federação dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA); Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará (MALUNGU); Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).
Membros da Plenária: Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – IDEFLOR-Bio; Instituto de Terras do Pará – ITERPA; Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará – Emater; Ministério Público do Estado do Pará - MPE; Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Estado do Pará – FETRAF; Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO; Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – Sudam; Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria do Estado do Pará – INCRA; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA; Sistema de Proteção da Amazônia – SIPAM; Fundação Nacional do Índio – Funai; Centro regional da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas – CRA/INPE; Instituto nacional de meteorologia – inmet; Universidade federal do Pará – Ufpa; Universidade federal rural da Amazônia – Ufra; Banco da Amazônia – Basa; Banco do estado do Pará – Banpara; Secretaria de estado de cultura – Secult; Instituto Brasileiro de Mineração – Ibram; Centrais Elétricas do Norte do Brasil – Eletronorte; Serviço Geológico do Brasil – CPRM; Secretaria de estado de fazenda – SEFA; Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/PA; Associação de Educação, Cultura, Proteção e Defesa do Consumidor, Contribuinte e Meio Ambiente do Brasil – ADECAM; Comunidade Quilombola Mocambo; Procuradoria Geral do Estado – PGE.
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