Ações de resgate da autoestima marcam o encerramento de ação no Ophir Loyola
Pacientes do Hospital Ophir Loyola participaram de uma ação de beleza, auxiliando no resgate da autoestima que é perdida durante o tratamento oncológico pela perda dos cabelos
Uma manhã alegre, com direito a música, teatro, desfile e serviços de beleza marcou o encerramento da Campanha Outubro Rosa no hospital Ophir Loyola nesta sexta-feira (25). O objetivo foi o resgate da autoestima das pacientes em tratamento no HOL.
Um grupo de voluntários transformou parte do setor de radioterapia em um verdadeiro espaço voltado à estética. Escova, maquiagem, esmaltação, limpeza de pele foram alguns dos serviços oferecidos. "Nós sabemos que as mulheres de hoje não têm tempo de se cuidar ou deixam a vaidade de lado por conta da doença. Muitas vezes elas não têm dinheiro para fazer esses cuidados, então para gente é muito gratificante proporcionar esses serviços", enfatiza Márcia Alves, voluntária no serviço de estética facial.
Mônica Sozinho, assistente social do setor de radioterapia do HOL, é responsável pela organização do evento e explica que ações como essa ajudam as pacientes a enfrentar a doença de outra forma. "O tratamento oncológico tem duração de médio a longo prazo e queremos minimizar o impacto dessa realidade fazendo com que se sintam acolhidas. Nosso intuito a valorização da vida, a melhora da autoestima. O tratamento do câncer, principalmente para as mulheres, é muito difícil, pois tira o que elas têm de mais feminino, a mama, os cabelos, a sobrancelha, portanto acabam tendo uma resistência até de se olhar no espelho", explica.
A causa foi abraçada por vários prestadores de serviços e também pela comunidade LGBTQI+ que trouxe performances, música e muita alegria, representada pela digital influencer trans, Sachenka Levtchenko e pela Drag Lily Deveraux.
Marielza Costa, de 35 anos, é moradora do município de Marabá, e acompanha a irmã que está em tratamento no HOL há dois meses. "Fiquei feliz quando soube que ia ter essa ação, nós passamos muito tempo aqui, eu não tenho tempo de me cuidar. Assim a gente se distrai e até esquece um pouco que está em um hospital", ressalta.
Valdirene Martins, de 32 anos, é paciente há um ano e estava ansiosa para o momento do desfile. "Estou me sentindo linda. Aqui a gente não fica esquecida. Quando estamos doentes, a tendência é ficar com a autoestima muito baixa. Venho para cá e acho lindo ver todas se produzindo para desfilar, isso dá um gás", finalizou.