Jornada de residência médica na Santa Casa apresenta trabalhos científicos
153 médicos fazem sua residência na Santa Casa. A apresentação desses trabalhos é também um dos critérios para a conclusão de residência médica. Começou nesta quinta (26) e termina nesta sexta-feira (27) a III Jornada de Residência Médica da Fundação Santa Casa, em que os médicos residentes apresentam os trabalhos desenvolvidos ao longo de um, dois e três anos. Durante a abertura do evento, foi falado sobre a importância da participação dos residentes e seus trabalhos de pesquisa no decorrer de suas atividades no hospital.
Segundo Rômulo Müller Melo, coordenador da Residência Médica, essa jornada significa o fortalecimento do ensino e da assistência e, principalmente, da valorização da produção científica do hospital.
“A nossa instituição é grandiosa demais e precisamos fazer com que ela seja vista fora do nosso estado. Temos um material humano absurdo dentro dessa instituição e uma produção muito pequena. Precisamos fortalecer esse tipo de atividade acadêmica, trabalhar cada vez mais o nosso corpo clínico com os residentes e oferecer produções de alta qualidade, para que possamos ser reconhecidos cada vez mais”, destaca Rômulo.
Para a presidente em exercício da Fundação Santa Casa, Walda Valente dos Santos, a instituição vai abraçar sempre a causa do ensino. “Recentemente, nós incluímos na instituição a missão de cuidar das pessoas gerando conhecimento, além da extensão. Esse é o grande propósito: nos próximos anos, dentro do planejamento estratégico, levar a Santa Casa para fora dos muros. E penso que a participação dos residentes é crucial nessa jornada, nesse novo propósito de modelo de extensão”.
Médica e supervisora do programa de residência médica de hepatologia da Santa Casa, Fernanda Garcia diz que o grande objetivo da Jornada é estimular a publicação de artigos científicos de residentes. “Não é só o que a gente estuda ou o que a gente acha. É preciso comprovar cada vez mais cada conduta que é tomada. Ao longo dos anos, a gente vê que a medicina é mutável e com uma velocidade cada vez maior, a luz de novos conhecimentos, que são formados a partir desses estudos que são feitos em hospitais de ensino e pesquisa”.
Ainda de acordo com Fernanda, tudo o que se passa com o paciente é estudado e, a partir disso, o conhecimento vai sendo construído. “Por isso precisamos estimular a visão crítica sobre o que eles estudam e o que veem no dia a dia. Eles devem produzir o seu raciocínio clínico e tomar as suas condutas”, reforça.
Para Eliel Gomes, residente de clínica médica, o evento é um estímulo à produção científica. “É importante como contribuição aos pacientes. É por meio desses trabalhos que se consegue melhorar o diagnóstico e o atendimento aos pacientes. Existem vários casos interessantes, que são importantes para termos um aprendizado durante a nossa trajetória de vida no curso, além de serem fundamentais para a nossa produção científica e também benéfica para a sociedade”.
Serviço: 153 médicos fazem sua residência na Santa Casa. A apresentação desses trabalhos é também um dos critérios para a conclusão de residência médica. As apresentações desta quinta envolveram residentes de clínica médica e de ginecologia, obstetrícia e radiologia. Nesta sexta (27), todos os residentes de medicina intensiva pediátrica falarão sobre temas diversos, além dos residentes de pediatria, cirurgia e nefrologia pediátrica, neonatologia, cirurgia geral e área básica.