Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
BIODIVERSIDADE

Ideflor-Bio realiza seminário sobre manejo florestal comunitário

Por Pryscila Margarido (IDEFLOR-BIO)
26/09/2019 11h40

Encontro reuniu empresas, ongs, Ministério Público (MPPA), representantes de indígenas, quilombolas e de reservas extrativistasO Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), por meio da Diretoria de Gestão da Biodiversidade (DGBio), realizou na última terça-feira (24), das 9h às 17h, no auditório-sede, o seminário “Manejo Florestal Comunitário e Gestão de Florestas Públicas: oportunidade de geração de trabalho, emprego e renda para o Estado do Pará”.

O evento reuniu segmentos da sociedade, ligados à temática, como representantes de instituições de ensino e pesquisa, acadêmicos, empresas, organizações não-governamentais, Ministério Público do Estado, representantes de indígenas, quilombolas e de reservas extrativistas.

Um dos objetivos do evento foi dar transparência e conhecimento à sociedade sobre a minuta da Política Estadual de Manejo Florestal Comunitário e Familiar do Pará, conforme explicou o diretor de Gestão da Biodiversidade, Crisomar Lobato. O Ideflor-Bio, juntamente com seus parceiros, como o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), o Instituto Floresta Tropical (IFT) e demais entidades públicas e privadas, vêm discutindo, desde 2012, a construção da minuta, apresentada durante o seminário.

Ao longo deste período, reuniões de consulta pública em Belém, Santarém, Marajó e em outras regiões do Estado, viabilizaram contribuições da sociedade paraense para a elaboração do texto, que foi encaminhado este ano para análise da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Na prática, a Política Estadual de Manejo Florestal, Comunitário e Familiar é o instrumento que regulamentará e norteará o manejo florestal e seus produtos, tendo em vista que muitas comunidades utilizam esse bens, como frutos, flores, látex, resina, entre outros, para fonte de renda.

“A minuta tem o intuito de assegurar direitos dos povos e comunidades acerca de temas como o fortalecimento das cadeias produtivas, da regularização fundiária e ambiental para o manejo das florestas, melhorando a qualidade de vida nas áreas”, reforçou Crisomar Lobato, acrescentando que a implementação da política pública possibilitará a criação de programas e projetos para o segmento.

Na abertura do seminário, a presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson, ressaltou que o Instituto possui um grande desafio que é gerir as 26 Unidades de Conservação (UCs) do Estado do Pará, incluindo as Florestas Estaduais (Flotas). “São 7,5 milhões de hectares, distribuídos em quatro florestas estaduais que estão sob a nossa responsabilidade, sendo as Flotas do Paru, Faro, Iriri e Trombetas. Essa temática tem sido amplamente discutida e essas contribuições geraram uma minuta que hoje se encontra em análise na PGE”, pontuou a presidente.

Programação – No período da manhã, o evento contou com palestras ministradas por representantes do IEB e IFT, apresentações feitas por diretores do Ideflor-Bio, além de relatos de comunitários que residem em reservas extrativistas federais. Já no período da tarde, foi realizada a Mesa Redonda: Oportunidades do Manejo Florestal Sustentável no Pará, com a participação de representantes do MPE, da Embrapa Amazônia Oriental, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Pará (Aimex), além da empresa Unifloresta.

Palestrante do evento, o assistente de projetos do IEB, Marcos Silva, abordou “O papel do Manejo Florestal Comunitário e Familiar na geração de renda e conservação ambiental das florestas públicas e comunitárias no Pará”. “Nosso trabalho consiste basicamente no fortalecimento organizacional das comunidades, em especial aquelas que detém um grande potencial de florestas para fazer a gestão e o uso sustentável desses recursos, gerando emprego, renda e, acima de tudo, valorizando a posse desses territórios sob a gestão e controle das comunidades”, frisou.