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Semana Nacional discute a reciclagem e exames para condutores

Por Eduardo Vilaça (DETRAN)
23/09/2019 14h08

A Semana Nacional de Trânsito (SNT) 2019 prosseguiu na manhã desta segunda-feira (23), no auditório do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran). Duas mesas-redondas discutiram a reciclagem de condutores e as atribuições da medicina de tráfego e da avaliação psicológica.

Sobre a reciclagem, a mesa foi composta pelo coordenador de operações do Detran, Ivan Feitosa; Jorgean Frazão, coordenador de habilitação do Detran; Haroldo Alencar, diretor de Tecnologia e Informática (DTI), além do presidente do Sindicato dos Centro de Formação dos Condutores (Sindcfc), Edi Carlos Martins.

Os principais questionamentos foram levantados não só por Edi Carlos, mas também por representantes de associações de ciclistas e mototaxistas, que estavam na plateia e que apontaram alguns problemas na formação de condutores, especialmente na prova teórica e a necessidade de um maior conhecimento que o condutor precisa ter para trafegar. Na ocasião, o Detran se posicionou e disse que já há proposta dentro desse setor para reavaliar e melhorar o exame, cobrando maior conhecimento de quem se propõe obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O representante dos CFCs propôs ao Detran a criação de uma comissão para fiscalizar a formação de condutores. “Nós, como formadores, admitimos que há deficiências e queremos corrigir isso”, disse Edi Carlos. As autoescolas ainda cobraram do Detran a exigência da telemetria, que está na lei. Sobre esse ponto, Haroldo Alencar, da DTI, admitiu que, por problemas técnicos, a telemetria não estava sendo cobrada dos candidatos à Habilitação, mas que essa situação já está normalizada desde o dia 15 deste mês e será intensificada a partir de agora.

As associações de ciclistas também cobraram maior respeito à categoria e reclamavam que na formação de condutores não há hoje preocupação nesse sentido. Representantes da Federação Nacional e Estadual de Mototaxistas também exigiram maior rigor com quem trabalha irregularmente e maior acesso a cursos de formação àqueles já regularizados. 

A segunda mesa-redonda, já no final da manhã, discutiu a medicina de tráfego e a avaliação psicológica. Na mesa, estiveram as psicólogas Daniela Fecury, Kátia Cruz e Kátia Homobono, além do médico do trabalho, Alexandre Tuma. Como também é agente de fiscalização do Detran, Kátia Cruz lamentou que em apenas dois artigos do Código Brasileiro de Trânsito (CTB) é possível vislumbrar referências claras à condição psíquica dos condutores, que podem estar impossibilitados de forma definitiva ou temporariamente para conduzir veículos. “Essa infelizmente é uma condição muito comum devido ao nível de estresse na sociedade moderna, mas que só encontrei (referência) nos artigos 166 e 252 do CTB”, informou.