Produtores recebem capacitação pelo Festival de Chocolate 2019
Produtores participaram de um minicurso de Defesa Fitossanitária de Cacau, na Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), no sábado (21). O objetivo foi de orientá-los sobre boas práticas para saberem lidar com o fungo, Moniliophthora perniciosa, a vassoura-de-bruxa.
O minicurso foi realizado de forma prática, com instruções do técnico da Ceplac, Geraldo Costa e produtores, caminhando juntos pelo local e analisando problemas e debatendo soluções. Geraldo explicou a importância do controle genético. No órgão, as plantas são estudadas por 20 anos e depois que ela vai a campo para a troca de semente. Por este motivo, é possível produzir materiais tolerantes a doença. A vassoura-de-bruxa pode dar na planta desde o viveiro. É indispensável o cuidado com o cacau que precisa ser podado de cima para baixo, a poda é a arquitetura da planta.
Enquanto na Bahia, já aconteceu de a doença surgir no pé do cacau, aqui no Pará só começa de cima para baixo e o inseticida não é recomendável, pois após o crescimento da árvore, nem tudo estará com proteção.
Os produtores aprenderam que é recomendável tirar a vassoura-de-bruxa durante o verão e aqui na Amazônia, ela só se multiplica uma vez, já na Bahia, pode ocorrer três vezes, devido a temperatura e umidade.
Existem quatro etapas importantes para o cuidado com o cacau. O controle genético, controle químico, controle biológico e o mais barato, o controle cultural que é base do facão para eliminar a praga da árvore.
De acordo com o produtor Cristovão Soares que veio de Vila Nova Vida, a 150 km de São Felix Do Xingu, é importante esse curso para adquirir conhecimento para assim fazer uso para ensinar para as outras pessoas da região a melhor forma de cultivo para que o trabalho realizado não seja em vão.