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Motociclistas são chamados a debater acidentes no trânsito

Por Redação - Agência PA (SECOM)
26/07/2017 00h00

Com o objetivo de aperfeiçoar a política de prevenção aos acidentes com motos no Pará e elevar essa discussão ao patamar que ela requer, visto que este constitui hoje um sério problema de saúde pública, condutores de motocicletas estão sendo convidados a conhecer o programa “Direção Viva – Quero andar de moto até morrer, mas não quero morrer andando de moto”, que será apresentado pelo médico ortopedista Guataçara Gabriel nesta quinta-feira (27), a partir das 16 horas, no auditório principal da Fundação Cultural do Pará (Centur), em Belém.

Conduzido pelo Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), com apoio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o programa “Direção Viva” conscientiza a comunidade sobre as sequelas oriundas de traumas por acidente de trânsito. A ação é realizada de maneira contínua e envolve profissionais de diversas especialidades, propiciando a discussão do tema sob ângulos distintos.

Em sua palestra, Guataçara Gabriel vai ressaltar as perdas que um acidente de trânsito costuma trazer aos condutores por conta de atitudes imprudentes, como direção perigosa, uso de telefone celular durante o deslocamento, alcoolemia, desrespeito às leis de trânsito e excesso de velocidade. Durante a apresentação Guataçara vai discorrer ainda sobre a atuação do HMUE nesse contexto, os elementos associados às vitimas de acidentes com moto e os impactos financeiros causados à saúde pública por conta dos altos números de ocorrências dessa natureza.

No Pará, dados da  Sespa apontam que, além das perdas com as mortes, o Estado ainda precisa arcar com outra situação: o alto custo dos tratamentos para recuperar as vítimas de acidentes de trânsito. “O quantitativo de pessoas com sequelas que precisam ser tratadas pelo resto da vida é enorme e gera um grande custo financeiro do ponto de vista da saúde, assim como um impacto social”, explica o médico e assessor especial da Sespa, Hélio Franco.

Segundo ele, o Estado gasta com esse tipo de tratamento cerca de R$ 200 milhões por ano. Em média 90% dos acidentes com motocicletas envolvem pessoas jovens, de até 30 anos, com a proporção de 1,3 acidentes por dia no Pará. Isso representa 80% da ocupação de leitos de cirurgia e trauma-ortopedia na rede pública paraense.  “Os acidentes vitimam uma faixa etária expressiva da população. Para um país que está envelhecendo, isso causa um impacto muito grande, já que são pessoas que estão em idade produtiva. Esses acidentes interferem no sistema de saúde, na previdência, no trabalho e, principalmente, na vida pessoal do indivíduo”, lembrou o médico Helio Franco.

“Direção Viva”

As ações do programa “Direção Viva” são desenvolvidas nos hospitais públicos gerenciados pela Pró-Saúde no Pará. As quatro unidades recebem 90% das vítimas de trauma de média e alta complexidades no Estado. Entre os anos de 2014 e 2016, foram realizados mais de 35 mil atendimentos a pacientes vítimas de acidentes de trânsito no Hospital Metropolitano, no Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, no Hospital Regional do Sudeste do Pará, em Marabá, e no Hospital Público Estadual Galileu, em Belém.

Serviço: A apresentação do programa “Direção Viva”. Nesta quinta-feira (27), a partir das 16 horas, no auditório principal da Fundação Cultural do Pará (Centur), situada na avenida Gentil Bittencourt, 650, entre travessas Quintino Bocaiúva e Rui Barbosa, em Belém.

(Com informações do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência)