Sespa orienta municípios para intensificar combate ao Aedes aegypti
Para tornar mais eficaz o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) recomenda às 144 secretarias municipais de Saúde que façam mutirões de limpeza e vistoria em casas e órgãos públicos, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, que acabou de lançar uma campanha publicitária para mobilizar a população e garantir que não apareçam novos focos do Aedes aegypti.
Estratégias de combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti vêm sendo discutidas em vários eventosEntre os procedimentos essenciais que podem ser feitos pelas Secretarias Municipais de Saúde estão as vistorias domiciliares por agentes de controle de endemias. Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento nos 144 municípios, que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle das três doenças, e orienta as prefeituras sobre o uso correto de inseticidas (larvicidas e adulticidas).
A Sespa também promove visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa de combate à dengue, além de apoiar a capacitação para o atendimento de casos de febre chikungunya e zika. “Quando há necessidade, a Sespa faz o controle vetorial, como o bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos”, disse o diretor estadual de Vigilância em Saúde, Amiraldo Pinheiro. Também são realizadas ações educativas e de mobilização, para incentivar a participação da população no controle da dengue.
Casos – Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, em 2019 já são 1.541 casos confirmados de dengue no Pará. No mesmo período do ano passado, foram 1.464 ocorrências confirmadas, configurando um aumento de 5,25%. Em 2017, o número chegou a 5.091 pessoas infectadas. Não houve óbitos por dengue no Estado nesses três anos.
Em relação à febre chikungunya, o ano de 2019 já confirmou 1.367 casos. Em igual período de 2018, foram 5.125 casos, configurando uma redução de 73,32%. Em 2017, o número chegou a 7.362 pessoas infectadas. Não houve óbitos pela doença em 2018 e 2019.
A respeito do vírus da zika, 45 casos já foram confirmados até o momento em 2019. Em igual período do ano passado, a doença já havia somado 27 casos no Pará, configurando um aumento de 66%. Em 2018 houve 78 casos de zika, cenário bem inferior ao de 2017, quando houve 335 ocorrências confirmadas. Não houve registro de mortes por zika nesses períodos.