Pesca com instrumentos perfurantes está proibida no Lago de Tucuruí
Medida está proibida nos limites das Unidades de Conservação estaduais que formam o Mosaico Lago de TucuruíA pesca de mergulho livre/apneia, com a utilização de materiais perfurantes, está proibida nos limites das Unidades de Conservação estaduais que formam o Mosaico Lago de Tucuruí, no sudeste paraense. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado, no último dia 2 deste mês, por meio da Portaria Normativa nº 05, de 30 de agosto de 2019. Fica proibido o uso de instrumentos como o arpão, arbalete, fisga, bicheiro, lança e espingarda, para pescadores de toda e qualquer categoria.
A presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), Karla Bengtson, ressalta que a determinação representa um avanço na implementação do Plano de Ordenamento da Pesca, estabelecido pelo Instituto, por meio da Gerência da Região Administrativa do Mosaico Lago de Tucuruí. “Além de ser mais um importante passo para o Plano de Ordenamento da Pesca no Mosaico Lago de Tucuruí, a portaria visa acabar com essa modalidade predatória na área”, disse.
Proibição busca garantir a manutenção dos animais de maior porteOs pescadores locais são favoráveis à medida. “É um grande avanço para o setor na região do Lago de Tucuruí, porque a pesca de flecha está acabando com o peixe mais valioso do nosso lago: o tucunaré”, afirma o presidente da Colônia de Pescadores de Goianésia do Pará, Raimundo Nonato.
Qualidade do pescado – A gerente da Região Administrativa do Mosaico Lago de Tucuruí, Mariana Bogéa, explica que é comum encontrar peixes arpoados/fisgados, das mais variadas espécies e de distintos tamanhos, durante as ações de fiscalização ambiental na região. Ela acrescenta que, além disso, a medida busca garantir a manutenção dos animais de maior porte.
“Dessa forma, vamos manter as futuras populações saudáveis, com peixes grandes, com boa taxa de crescimento e mais resistentes a doenças e outros problemas. E protege ainda os animais que estão em períodos mais vulneráveis, como o de reprodução e proteção de prole”, complementa Mariana Bogéa.