Tecnologia da Emater resgata tradição quilombola do feijão-manteiguinha
 Município de Monte Alegre colheu primeira leva do alimento produzido com sementes diferenciadasO escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Monte Alegre, no Baixo Amazonas, está colhendo, esta semana, a primeira leva de feijão-manteiguinha da unidade demonstrativa com sementes diferenciadas, implantada em junho. O cultivo é uma tradição quilombola de mais de 200 anos no município, mas que vinha perdendo espaço pela falta de tecnologia e pela desestruturação do mercado.
Município de Monte Alegre colheu primeira leva do alimento produzido com sementes diferenciadasO escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Monte Alegre, no Baixo Amazonas, está colhendo, esta semana, a primeira leva de feijão-manteiguinha da unidade demonstrativa com sementes diferenciadas, implantada em junho. O cultivo é uma tradição quilombola de mais de 200 anos no município, mas que vinha perdendo espaço pela falta de tecnologia e pela desestruturação do mercado.
O experimento vem sendo feito na Linha Ererê, em uma parte da propriedade do agricultor João Batista, a partir de sementes melhoradas geneticamente pela Emater, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Centro de Treinamento Agroecológico, Inovação Tecnológica e Pesquisa Aplicada do Nordeste Paraense (UDB), em Bragança. O processo de pesquisa durou por volta de seis anos.
 Plantio foi realizado na propriedade rural do agricultor João BatistaDe acordo com levantamento e diagnósticos realizados pela Emater, a atividade vem desde os anos 1800, com início na comunidade quilombola Peafu, supostamente por meio de italianos que vinham ao país vender escravos.
Plantio foi realizado na propriedade rural do agricultor João BatistaDe acordo com levantamento e diagnósticos realizados pela Emater, a atividade vem desde os anos 1800, com início na comunidade quilombola Peafu, supostamente por meio de italianos que vinham ao país vender escravos.
A quilombola Nazaré Bahia, 84, nascida e criada na comunidade, lembra que seus avós já produziam feijão-manteiguinha. “Quando eu tinha uns 10 anos, recordo bem de minha família plantar o manteiguinha em uma área de terra firme e, ainda, pela região do Buiuçu, na várzea do Rio Amazonas”, conta.
O chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Egnaldo Garcia, explica que a proposta é oferecer e multiplicar uma alternativa com mais produtividade e produto final de qualidade superior, como uma forma de oxigenar o mercado e atrair o consumo entre as próprias famílias agricultoras. “Atualmente, as sementes comuns são muito heterogêneas e misturadas, digamos que sem pureza. Além disso, as comunidades foram se desinteressando em comer o manteiguinha, por ser um feijão diferente, que não rende muito caldo”, detalhou.
 Objetivo da Emater é oferecer um produto final de qualidade superior, como uma forma de oxigenar o mercado e atrair o consumoNa unidade demonstrativa da Emater, o tamanho médio das vagens é de 15 cm, com produtividade em torno de 15 sementes por vagem, o que resulta em 143 vagens por planta em média. Na área total da propriedade, de 24 hectares, o agricultor também cultiva mandioca, milho e jerimum, entre outros.
Objetivo da Emater é oferecer um produto final de qualidade superior, como uma forma de oxigenar o mercado e atrair o consumoNa unidade demonstrativa da Emater, o tamanho médio das vagens é de 15 cm, com produtividade em torno de 15 sementes por vagem, o que resulta em 143 vagens por planta em média. Na área total da propriedade, de 24 hectares, o agricultor também cultiva mandioca, milho e jerimum, entre outros.

 
					 
				
											
										 
				
											
										 
				
											
										 
				
											
										 
				
											
										 
				
											
										 
				
											
										