Nutrição adequada é essencial durante o tratamento contra o câncer
Uma boa alimentação é essencial para o bom funcionamento do organismo, aumenta a imunidade, previne doenças e ajuda a reduzir os efeitos colaterais que afetam a nutrição dos pacientes durante e após o tratamento contra o câncer. A conduta nutricional é empregada de acordo com um plano terapêutico a fim de prevenir possíveis complicações como a desnutrição, que pode interferir no prognóstico e qualidade de vida.
Vanielle Lima, nutricionista do Ophir LoyolaA luta contra o câncer inicia com hábitos diários, como exercícios e uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras, cereais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos processados, carne vermelha e álcool. Mesmo quando a doença já se instalou, a alimentação continua sendo extremamente importante, como explica a nutricionista clínica e chefe da Divisão de Nutrição e Dietética do Hospital Ophir Loyola, Vanielle Lima.
“A intervenção nutricional é fundamental na recuperação de pacientes acometidos por alguma enfermidade. Uma nutrição adequada ao estado clínico do paciente oncológico ajuda a diminuir os efeitos colaterais da radioterapia e quimioterapia ou da própria doença, tais como perda de peso, a falta de apetite, a mudança no paladar, vômitos, enjoos, que ocasionam desequilíbrio nutricional”, afirmou Vanielle.
Segundo a nutricionista, quando ocorre a dificuldade na mastigação e/ou deglutição, prescreve-se uma alimentação pastosa ou suporte nutricional com suplementos orais ou sondas. A alternativa é utilizada conforme as necessidades específicas para uma melhor resposta à terapia.
Nesse contexto, o Hospital Ophir Loyola, como Centro de Referência em Oncologia, segue um padrão de qualidade e alto valor nutritivo na assistência aos usuários. O nutricionista avalia e elabora uma nutrição adequada à cada paciente, a fim de evitar a desnutrição que interfere na capacidade do organismo de combater infecções ou até mesmo, em alguns casos, na conclusão do tratamento”, esclarece.
Os hábitos alimentares são respeitados, mesmo que os enfermos estejam internados, afim de que aceitem a dieta em sua totalidade. “A internação em si já diminuiu e influencia na alimentação do paciente. Os profissionais tentam atender os hábitos regionais, não deixando de ofertar os nutrientes necessários à recuperação do paciente por meio de um plano terapêutico que é individualizado”, ressalta a nutricionista, Vanielle Lima.
O Hospital Ophir Loyola oferece todos os dias seis refeições aos pacientes, divididas em desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Em média, são ofertadas cerca de 1,8 mil refeições diárias, todas personalizadas e elaboradas conforme diagnóstico, condição clínica e preferências de cada paciente. Isso garante a equidade e a qualidade na assistência nutricional.