Parlamentar e defensora pública destacam todos os lugares das mulheres

A deputada federal Elcione Barbalho (MDB-PA) e a defensora pública geral do Estado, Jeniffer Barros, foram as convidadas da roda de conversa intitulada “Lugar de mulher é onde ela quiser”, realizada na tarde desta quinta-feira (29), na Arena Multivozes, como parte da programação da 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A quinta-feira foi dedicada às vozes femininas na Feira.

A deputada Elcione Barbalho disse que a mulher não deve temer o desconhecidoElcione Barbalho, que está no sexto mandato, falou sobre as dificuldades que enfrentou na Câmara Federal, o preconceito dos colegas homens, a necessidade de conciliar a carreira política com a maternidade, entre outras experiências do universo feminino. Ela ressaltou a importância da mulher acreditar em seu potencial e não desistir diante dos obstáculos. “Não é fácil ter uma carreira como essa, ser mãe, ser mulher, ser política. Mas eu nunca deixei de acreditar e nunca tive medo do desconhecido. É assim que eu acho que a gente pode vencer na vida”, frisou a parlamentar.

Autonomia - Já a defensora pública geral do Estado, Jeniffer Barros, há 12 anos na instituição, abordou a temática “Os desafios da gestão feminista da Defensoria Pública do Estado do Pará”, discutindo alguns conceitos que julga fundamentais para sua vida e trabalho, como feminismo, sororidade, empoderamento, igualdade e autonomia. “De todos esses conceitos, o que considero mais importante é o da autonomia, pois autonomia significa, também, poder ditar as regras da nossa própria vida. Daí a importância de ter cada vez mais mulheres ocupando os espaços de poder”, ressaltou.A defensora Jeniffer Barros (d) falou sobre os desafios da gestão feminista na Defensoria Pública

A estudante de Arquitetura Sâmila Boás, que trabalha em um projeto que estimula o empreendedorismo entre mulheres da periferia, destacou a oportunidade de acompanhar o debate. “É muito importante quando a gente pode falar sobre esse tema e ver as mulheres se enxergando de uma outra forma, que é o que a gente procura trabalhar no nosso projeto também”, informou.

Já a professora Hildete Corrêa, que acompanhou cerca de 40 alunos da Escola Conceição Pimentel, de Santarém Novo (município do nordeste paraense), considerou o evento “muito bom, porque mostrou tanto para as meninas quanto para os meninos que a gente precisa se valorizar e acreditar na gente, principalmente a mulher”, e acrescentou que valeu a pena a turma percorrer os cerca de 180 quilômetros que separam Santarém Novo de Belém, para participar da grande feira literária.

Elcione Barbalho (e) e a defensora pública geral Jeniffer Barros, durante a programaçãoServiço: A 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes prossegue até 1⁰ de setembro, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, das 10 às 21 h, com entrada franca para todas as programações.