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Estado e Prefeitura de Belém qualificam batedores de açaí

Por Redação - Agência PA (SECOM)
02/08/2017 00h00

Há quatro anos, Marcos Davi, de 42 anos, sustenta sua família por meio de um ponto de venda de açaí, no bairro do Barreiro, em Belém. O negócio começou pequeno, com apenas uma despolpadeira, mas hoje, Marcos já conta com duas máquinas, que conseguem processar cerca de 20 baldes do fruto por dia, e gerencia quatro funcionários em seu estabelecimento. Essa expansão fez com que ele buscasse qualificação para garantir a qualidade do produto vendido, por isso ingressou na turma piloto do curso “Boas Práticas para Manipulação e Higienização do Açaí”. 

O curso, que terminou em julho deste ano, foi promovido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), dentro do Programa Pará Profissional, e contou com a parceria da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon), e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “Abri o negócio sem ter qualificação alguma para exercer a função de batedor de açaí. Quando soube da capacitação, fiz com que a minha família toda participasse do curso e ele foi o ponto forte na nossa vida, pois aprendemos as práticas adequadas para a manipulação do fruto, inclusive a técnica do branqueamento”, relata Marcos Davi. 

Ao todo, 27 batedores da Região Metropolitana de Belém participaram da capacitação, porém, muitos deles não possuem a máquina de branqueamento do açaí, que possibilita a eliminação de microorganismos que causam doenças, em especial a de Chagas. Para tentar viabilizar essa necessidade tecnológica, a Sectet convidou o Núcleo de Gerenciamento de Microcrédito (Credcidadão) para apresentar as linhas disponíveis para que os concluintes do curso possam adquirir o equipamento e garantir a qualidade do produto à sociedade paraense.

A apresentação foi realizada na tarde desta terça-feira, dia 1º de agosto, na sede da Sectet, e contou com a participação do secretário municipal de Economia, Mário Freitas; da diretora geral do Credcidadão, Maria Alves dos Santos; além dos concluintes do curso. “Para dar prosseguimento ao Pará Profissional, precisamos de boas parcerias e união de políticas de Estado. Casar o Credcidadão a um curso de formação profissionalizante traz um resultado muito maior do ponto de vista social e econômico, pois os egressos podem tirar real vantagem dos cursos ofertados”, pontuou o titular da Sectet, Alex Fiúza de Mello. 

Oportunidades

A diretora geral do Credcidadão, Maria Alves dos Santos, explicou que a instituição possui uma linha especial para atender batedores de açaí do Estado, a qual disponibiliza até 8 mil reais para aquisição de equipamentos e insumos. O empreendedor tem até 30 meses para pagar o crédito cedido e a taxa de juros é de 0,5% ao mês. Para requisitar o crédito, o empreendedor precisa estar vinculado a uma entidade/associação representativa da categoria e o plano de negócios é discutido e elaborado junto com o Credcidadão.

“Não podemos correr riscos em uma cadeia produtiva tão importante para o Estado. Parabenizo a Sectet e a Prefeitura de Belém pela iniciativa de promover esse curso e por estimular a busca por qualidade em nossos insumos. Certamente é uma iniciativa para se tornar exemplo para a expansão e ao melhoramento de outras cadeias produtivas estratégicas”, afirmou Maria Alves dos Santos.

O Credcidadão se prontificou a recepcionar o pleito dos egressos do curso à linha de crédito. Eles irão à sede do Núcleo no dia 8 deste mês, para iniciar as proposições. “O Pará Profissional é um instrumento de transformação que abre portas para muita gente que estava à margem do progresso da atividade econômica. Estamos muito felizes em fazer parte do programa e felizes pelo auxílio do Credcidadão, que só fez engrandecer essa iniciativa”, concluiu o secretário municipal de Economia, Mário Freiras. 

Pará Profissional

O programa Pará Profissional foi instituído pela Lei no 8.427, de 16 de novembro de 2016, descrito como um dos principais instrumentos de superação das desigualdades interregionais, com a finalidade de ofertar educação profissional e tecnológica nas diversas modalidades, a fim de consolidar, ampliar e verticalizar as cadeias produtivas aos eixos prioritários de desenvolvimento no Estado. A coordenação do programa foi determinada à Sectet.