Operação recupera moto aquática roubada de marina em Belém
Policiais do Grupamento de Polícia Fluvial de Segurança Pública (GFlu), vinculado a Segup, recuperaram, na quinta-feira (22), próximo do município de Curralinho, na ilha do Marajó, uma moto aquática que havia sido roubada durante um teste drive realizado em uma marina de Belém.
A vítima estava vendendo o veículo aquático, por meio de um aplicativo, quando foi contatada pelo acusado, Adalberto Rebelo Júnior, conhecido como Juninho, apontado como autor do roubo. Adalberto já respondia processo pela Justiça, desde 2017, por apropriação indevida de quase R$ 300 mil no município de Muaná, também na ilha do Marajó.
“Essa ação foi diferente das que estamos acostumados a acompanhar, pois a vítima foi acionada pelo suposto ‘cliente’ e, durante a demonstração da moto, na marina, ainda em Belém, o acusado pediu para realizar um teste drive e sumiu”, falou o delegado Arthur Braga, diretor do GFlu.
Primeiro Semestre
O GFlu realizou 34 operações no primeiro semestre deste ano. Mais de 40 embarcações, entre lanchas e barcos, são empregadas nas rondas fluviais, especialmente, nas localidades mais críticas, onde a geografia do local favorece a atuação de grupos criminosos na prática de assaltos, conhecidos como “ratos d’água” ou “piratas”.
As localidades de maior atuação foram Breves, Portel, Igarapé Miri, Cotijuba, São Sebastião da Boa Vista, Muaná, Gurupá, Abaetetuba, Barcarena, Acará, Região Metropolitana de Belém, Marudá, Salinópolis, Algodoal, entre outros. As ações também são permanentes na ponte da Alça Viária, com revezamento de equipe policial a cada 15 dias. A equipe de manutenção ainda presta apoio em todos os municípios do Estado onde há embarcações.
Números – No primeiro semestre de 2019 já foram realizadas mais de 20 prisões e cumpridos mais de 10 mandados de prisão. Os motivos vão desde homicídios, mas, principalmente, por pirataria, onde foi preso, no município de Breves, Taizo Pena Rodrigues, considerado o principal responsável por roubos a embarcação na região. O roubo a embarcações de passageiros e carga foi a zero de janeiro a maio deste ano.
Também foram apreendidas nas operações 15 armas de fogo, sendo 2 caseiras, 11 embarcações, 5 motores de embarcações, 2 toneladas de peixes, 38 papelotes de drogas, 3 celulares, 675 m3 de madeira, além da moto aquática recuperada.
De janeiro a julho de 2018, foram registradas 76 ocorrências de pirataria fluvial no Estado. Já no ano de 2019, no mesmo período, foram computados 44 ocorrências em todo o Pará.
O GFlu participou ainda de três intervenções de criminosos e da transferência de 134 presos do interior para a Região Metropolitana de Belém.
Para o delegado Arthur Braga, o Pará é um estado com dimensões continentais extensas e possui a peculiaridade de ser rodeado por rios, por isso é necessário levar em consideração essas características territoriais, para promover ações de segurança pública mais eficazes. “Estamos atuando ostensivamente na prevenção e realizando também diligências e prisões para combater crimes no meio aquático e, assim, garantir à sociedade mais segurança e tranqüilidade”, afirmou.
Ele ressaltou também que a sociedade pode contribuir com as ações, utilizando o canal do Disque Denúncia 181. “Em diversas localidades, os bandidos utilizam do conhecimento que possuem dos furos, para criar rotas de fuga que possam dificultar a nossa atuação", pediu Braga.