Governo vai atender indígenas venezuelanos em situação de risco na capital paraense
Nesta quarta-feira, 2, membros da Comissão Estadual de Enfrentamento ao Trabalho Escravo (Coetrae) e o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Coetrap), vinculados à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), realizaram uma reunião extraordinária para tratar sobre o acolhimento institucional a um grupo de 15 indígenas venezuelanos da etnia Warao, incluindo crianças, que estão em situação de vulnerabilidade social em uma área de risco de Belém..
Participaram também representantes da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) da Prefeitura de Belém, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), das Secretarias de Estado de Educação (Seduc) e de Saúde do Pará (Sespa) e a Defensoria Pública do Estado. A reunião foi motivada pela necessidade de se encontrar meios de garantir o atendimento humanizado, alimentação e assistência médica para os venezuelanos.
Ficou decidido que uma equipe da Sejudh, Funpapa, Sesma e Sespa irá ao local onde estão os indigenas, nesta quinta-feira, 3, para encaminhá-los a um abrigo do estado até a próxima segunda-feira, 7, sendo que depois o acolhimento será feito pela Funpapa e Seaster; também será oferecida assistência médica aos indígenas pela Sesma e Sespa.
Segundo Leila Silva, coordenadora de Política de Combate ao Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas, existe um alto índice do processo migratório no Pará hoje e muitos desses imigrantes vêm da Venezuela, por conta da situação política do país vizinho. “Essa demanda está sendo muito mais advinda da Venezuela, que é um país que está sofrendo com um processo ditatorial. E esse processo faz com que as pessoas de lá, principalmente os indígenas, sejam expulsas do território. Nós temos uma Lei Federal que tornou o país membro de um comitê que deve fazer esse acolhimento. Então nós precisamos nos estruturar e montar esse fluxo para garantir os direitos de todos esses imigrantes”, explicou.