Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
MEIO AMBIENTE

Governo reúne com entidades para desenvolver propostas de gestão florestal sustentável

Por Carol Menezes (SECOM)
02/07/2019 19h39

Na próxima semana, o governador Helder Barbalho, junto dos secretários de Estado ligados à área ambiental e de desenvolvimento, se reúne com representantes do setor produtivo para iniciar uma rodada de discussões sobre propostas que possam viabilizar uma gestão florestal mais eficiente com foco na geração de emprego e renda, e situação ambiental viável dentro da legalidade. Na tarde desta terça-feira (2), ele recebeu, no Palácio do Governo, membros da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), além de entidades sindicais, que apresentaram alternativas sustentáveis e que podem, a médio e longo prazo, contribuir para o fortalecimento do Estado.

Simplificação da gestão florestal, mais segurança jurídica para a produção e criação de mecanismos de incentivo aos produtores, além da possibilidade de ampliação do sistema de concessão florestal foram algumas das possibilidades sugeridas na audiência de hoje. Além do governador, estavam presentes o procurador geral do Estado, Ricardo Sefer; os secretários Mauro O'de Almeida, de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Iran Lima, de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme); e os presidentes Bruno Kono, do Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e Karla Bengtson, do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio). Pelo setor produtivo, falaram Justiniano Neto, ex-coordenador do Programa Municípios Verdes, e o ex-deputado estadual e empresário do setor madeireiro, Sidney Rosa.

Durante as apresentações, foi confirmado pelo próprio titular da Semas que o Pará perde R$ 100 milhões anuais em ICMS pela exploração ilegal de madeira, bem como a concessão sendo um exemplo de prática que pode evitar invasões e gerar arrecadação ao Pará, que conta com tecnologia e manejo de qualidade a seu favor.

Entre uma fala e outra, Helder Barbalho se disse ideologicamente voltado a medidas que gerem desenvolvimento e produção, e que nem é a favor do afrouxamento das regras para exploração, nem tampouco do radicalismo focado em um cenário que considera utópico. "Isso eu divido com todos os secretários que estão aqui, precisamos buscar o caminho que seja sustentável ambiental e economicamente, para as pessoas compreenderem que é, sim, rentável. Não dá para ficar na utopia ou no discurso, porque a vida real é bem diferente", ponderou, pedindo, ao mesmo tempo, cautela à equipe. Mauro, por sua vez, destacou o empenho em tornar sua pasta não um complicador ou bloqueador, mas um aliado das ações que estejam voltadas ao desenvolvimento. "A gente quer tirar a Semas 'da frente' para que seja aberto o portfólio de negócios para o Estado", reforçou.

O governador voltou a lembrar que há um estudo sendo desenvolvido pela Universidade Federal do Pará (UFPA) com foco em identificar os gargalos econômicos de cada um dos 144 municípios, e que a economia verde com preservação em escala elevada tem sido uma pauta recorrente de reuniões com diversas frentes. E sinalizou que não descarta, mais à frente, em uma atuação ainda mais prática, a construção conjunta de um pacote de medidas de estimulo à produção e ao emprego no setor florestal paraense que inclua, por exemplo, algum tipo de isenção tributária mediante a criação de emprego e postos de trabalho.