Sespa e Instituto Evandro Chagas querem ampliar parceria para melhorar a saúde pública
O fortalecimento da parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e o Instituto Evandro Chagas (IEC) – uma das mais conceituadas instituições de pesquisa do planeta – para ampliar os serviços de saúde pública no Pará foi discutido na reunião realizada nesta terça-feira (25), no auditório do IEC, em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), com a participação do secretário de Estado de Saúde, Alberto Beltrame; da diretora do IEC, Giselle Rachid Viana, e de representantes da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, Sônia Brito e Geraldo Ferreira. A participação do secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, foi por meio de videoconferência, porque ele não conseguiu embarcar para Belém, como estava planejado.
Giselle Viana abriu a reunião agradecendo a confiança nos profissionais do Instituto. "Estamos à disposição do Ministério da Saúde, com o objetivo de manter as atividades do Instituto Evandro Chagas de forma sustentável e alcançar voos mais altos, com o olhar coeso para fortalecer a saúde pública do Brasil", ressaltou.
Wanderson de Oliveira enfatizou que o IEC faz parte da estrutura da Secretaria de Vigilância em Saúde, no mesmo nível de diretoria, sendo um importante componente do Sistema Único de Saúde (SUS), e deve contribuir com a construção da Política Nacional de Vigilância em Saúde.
Relação próxima - Após informar que era sua primeira visita ao IEC como titular da Sespa, Alberto Beltrame disse que o Instituto é uma das mais importantes marcas do sistema de saúde do Pará, com reconhecimento nacional e internacional. "Eu espero que, agora, a Sespa possa ter uma relação mais próxima com o Instituto, porque nós temos muito para fazer em Vigilância em Saúde no Estado, onde há alguns indicadores preocupantes, como é a situação das baixas coberturas vacinais. Então, uma parceria com o IEC é essencial para que a gente possa, com esse entendimento, mudar a realidade de saúde aqui no Estado e, sobretudo, melhorar a Vigilância em Saúde, que é muito frágil nos municípios, principalmente em função das distâncias, do tamanho do Estado e da existência de regiões muito pobres, como é o caso do Marajó, onde está o município com menor IDH do Brasil, que é Melgaço", informou o secretário.
Ele propôs que o Executivo reforce essas ações, para possibilitar a mudança dos indicadores de saúde. "Temos uma expectativa enorme, que a gente possa, de fato, contar com o Instituto e com o Ministério da Saúde, para que a gente, primeiro, conheça melhor a realidade do Estado, já que há deficiências no registro de informações e operação dessas informações em tempo real", disse o secretário. "Espero que vocês contem com a Sespa quando precisarem, assim como eu tenho a expectativa de contar com o Ministério da Saúde", concluiu Alberto Beltrame.
Realidade específica - O secretário Wanderson de Oliveira parabenizou a Atenção Primária do Pará pelo alcance da meta na Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, com o índice de 92%, superior à média nacional, e garantiu que a SVS é parceira da Sespa. "Nós temos que entender as especificidades de cada região. O Estado do Pará pode contar conosco. Nós temos que aprender com vocês como é trabalhar nesse Estado desigual do ponto de vista das realidades, e como nós podemos contribuir, como Secretaria de Vigilância em Saúde e Ministério da Saúde, para que vocês consigam atingir todos os cantos do Pará. Nós precisamos que vocês nos ajudem a conduzir e a contribuir, pois daqui de Brasília é muito difícil estabelecermos do que o Pará necessita nas suas especificidades", ressaltou o secretário, afirmando que o Ministério da Saúde pode contribuir com ideias, metodologias e estudos, mas só o povo do Pará conhece suas necessidades. "O IEC é a SVS no Brasil e no Pará. Então, estaremos sempre de portas abertas", assegurou Wanderson de Oliveira.
O diretor de Vigilância em Saúde da Sespa, Amiraldo Pinheiro, garantiu que a relação entre Sespa e IEC já é boa, mas pode melhorar ainda mais, e colocou sua Diretoria à disposição para fortalecer essa integração. Ele propôs a criação de uma Câmara Técnica, com representantes da Secretaria e do Instituto para a troca de informações e a elaboração de notas técnicas sobre as doenças e agravos que afetam o Pará.