Abaetetuba receberá cerca de 750 atletas na etapa estadual dos JEPs
Começa nesta quarta-feira, 16, em Abaetetuba, a etapa estadual dos Jogos Estudantis Paraenses (JEPs), categoria A, destinada a estudantes de 12 a 14 anos. Pela primeira vez, a competição será realizada em uma cidade do interior, fato que concretiza os esforços do Governo do Pará na promoção da integração estadual, também por meio da educação, além de promover e valorizar o esporte estudantil como plataforma para revelação de talentos esportivos entre jovens estudantes.
Os JEPs em Abaetetuba seguirão até o domingo, 20. A cerimônia de abertura, no Ginásio Hildo Carvalho, está programada para às 18h e será presidida por representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e do município.
Com duração de cinco dias, a competição vai mobilizar cerca de 750 alunos-atletas de 21 municípios do interior do Estado e Região Metropolitana. Esta será a 59ª edição da competição, organizada anualmente pelo Núcleo de Esporte e Lazer (NEL) da Seduc, em parceria com entidades desportivas e prefeituras, além do apoio das Secretarias de Estado de Comunicação (Secom) e de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Os estudantes competirão nas modalidades de vôlei, basquete, handebol e futsal, na categoria A, 12 a 14 anos, no masculino e feminino. Os alunos-atletas classificados para a etapa estadual participaram de seletivas municipais e regionais, que envolveram mais de 26 mil estudantes de 138 escolas municipais, estaduais, federais e privadas.
Os campeões do estado na categoria A representarão o Pará nos Jogos Escolares da Juventude, que serão realizados em Curitiba, promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), no período de 12 a 21 de setembro.
Dos Jogos Estudantis para o esporte profissional europeu
O atleta Rogério Moraes, 23 anos, ex-aluno da Escola Estadual Bernadino Pereira de Barros, de Abaetetuba, é do time profissional do HC Vardar Handball, da Macedônia e mora atualmente na cidade de Skopje. Ele é pivô da Seleção Brasileira de Handebol e o único brasileiro campeão da Champions League - principal campeonato de handebol da Europa e do mundo.
Rogério foi uma das revelações dos Jogos Estudantis, no qual começou a competir aos 13 anos - fundamentais para o início da carreira lá mesmo, na escola, em Abaetetuba: “Comecei a jogar pelo prazer que tinha de representar a minha escola nos Jogos Estudantis”, contou, lembrando que as seletivas, no município, “lotavam os ginásios e faziam com que a gente treinasse o ano inteiro para participar”. Ele acrescenta que nunca pensou em ser um jogador profissional, “mas isso foi se tornando realidade graças aos Jogos Estudantis, que fizeram com que eu começasse a praticar esporte”.
O atleta também acredita que a competição estudantil nacional “é uma excelente vitrine e um mundo de oportunidades para os adolescentes e jovens que estão começando a competir”, sendo o evento ponto de interesse de pessoas envolvidas no esporte, como técnicos, presidentes de federações e supervisores de confederações. “Essas pessoas sabem que o futuro do esporte está nas competições estudantis”.
Rogério tem a convicção de que o esporte, assim como outras atividades que podem ser desenvolvidas pela escola, podem salvar o jovem da marginalidade. "O esporte estudantil é de fundamental importância não só para a formação de atletas, no futuro, mas para a formação de pessoas do bem, que aprendem a conviver e trabalhar em grupo, e que cultivam valores fortemente praticados por atletas”, conclui.
Outros exemplos
Outros dois alunos da rede estadual estão no time desses atletas que se projetam no cenário esportivo nacional a partir de suas escolas. No início deste ano, os atletas Marcus Andrade (14 anos) e Adriane Silva (15 anos), da Escola Estadual Luiz Paulinho Martires (Bragança) e da Escola Estadual Izabel Amazonas (Belém), respectivamente, foram convocados para a Seleção Brasileira de Judô Escolar e participaram do II Camping de Treinamento de Judô, promovido pelo COB, na cidade do Rio de Janeiro, entre 12 e 17 de julho.
Eles foram convocados em virtude do excelente desempenho que tiveram nos Jogos Escolares da Juventude realizados em João Pessoa, capital da Paraíba, em 2016. Marcus, por exemplo, ganhou medalha de prata e a Adriane foi a sétima colocada na classificação geral.
Os jogos são realizados anualmente e contam com a participação de atletas de todo o Brasil classificados nas etapas estaduais - no caso do Pará, os Jogos Estudantis Paraenses (JEP).
“É muito gratificante ter alunos atletas do Pará selecionados para eventos desse porte, ainda mais por serem oriundos de escolas estaduais”. A avaliação é da coordenadora do Núcleo de Esporte e Lazer da Seduc, Ana Glória Guerreiro. “Mesmo diante de tantos desafios e dificuldades eles ampliaram suas possibilidades e hoje servem de incentivo e inspiração para os demais”, completa.
