Projeto discute a sustentabilidade em Áreas Protegidas
Uma reunião com membros do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio) foi realizada, nesta quinta-feira (17), para discutir o projeto ‘Paisagens Sustentáveis na Amazônia’. A reunião aconteceu no auditório do Instituto, no Parque Estadual do Utinga (PEUT).
O projeto está inserido dentro de um programa regional voltado especificamente para a Amazônia, envolvendo Brasil, Colômbia e Peru. O Banco Mundial é a agência que vai implementar o programa, apresentando como diretriz principal a visão integrada da Amazônia, de modo a promover a conectividade do Bioma entre os três países integrantes.
O Projeto Paisagens Sustentáveis está alinhado com os objetivos estratégicos do GEF (Global Environment Facility) de melhorar a sustentabilidade dos sistemas de Áreas Protegidas, reduzir as ameaças à biodiversidade, recuperar áreas degradadas, aumentar o estoque de carbono, desenvolver boas práticas de manejo florestal e fortalecer políticas e planos voltados à conservação e recuperação. No Brasil, o projeto está em fase de desenvolvimento.
Representante do Ministério do Meio Ambiente, Rodrigo Martins explica que a idealização está sendo elaborada há dois anos. “Estamos finalizando o processo de preparação e essa finalização visa criar um fio lógico de implementação, que vai desde planejar o primeiro momento, ou seja, qual atividade vem primeiro e a sequência dos próximos”, disse, explicando que o projeto é voltado para área de conservação e recuperação florestal de todo o Estado.
“Desenvolvemos um trabalho mais avançado e buscamos trazer renda por meio da floresta em pé e por meio de manejo florestal, porque sabemos que o produtor só vai se interessar na conservação ou recuperação caso traga algum benefício econômico. Tentamos incentivar o produtor a ganhar dinheiro com a terra dele e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente”, explica.
A metodologia, segundo Rodrigo, consiste em utilizar projetos de conservação e se chama ‘padrões abertos para conservação’, que pretende desenhar cadeia de resultados diversos pelos temas que já foram propostos em reuniões com representantes do Pará e outros estados da Amazônia.
O servidor Luiz Cardoso, da Gerência de Planejamento Ambiental Rural da Semas, avaliou a reunião como proveitosa. “Estamos sendo capacitados antes de começar o projeto, conhecendo como elaborar e executar para atuar as ações iniciarem e com foco sempre nos resultados”, comenta.
Ele explica que no caso da sua gerência, o foco principal é o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Programa de Regularização Ambiental (PRA). “O nosso foco é o CAR e o PRA, principalmente na APA Triunfo do Xingu. O projeto não foca só na intervenção do homem plantando novas árvores, buscamos também promover a recuperação natural e iremos continuar o monitoramento para garantir a preservação tanto das Áreas de Preservação Permanente (APP) quanto da reserva legal”.