Grupo de Trabalho de Segurança em Barragens se reúne com a Vale
Encontro serviu para apresentação de informações sobre as construções das barragens da empresa no EstadoO Grupo de Trabalho (GT) de Segurança em Barragens, criado pelo Governo do Estado em janeiro deste ano, recebeu representantes da Vale S.A., nesta terça-feira (4), para apresentação de informações sobre as construções das barragens das minas de cobre Salobo, em Marabá, Sossego, em Canaã dos Carajás; a mina de ferro do Gelado, em Parauapebas e a Onça Puma, que faz exploração de níquel em Ourilândia do Norte.
O encontro ocorreu no Centro de Monitoramento Ambiental (Cimam) da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), que coordena o GT. Também participaram da apresentação representantes da Defesa Civil, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Ministério Público do Estado (MPE) e do Conselho Regional de Engenharia (Crea).
O secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zaluth Bastos, mostrou a necessidade de apoio e integração de todos com a Defesa Civil. "A própria empresa e o Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) podem ser bons parceiros da Defesa Civil, para atuação na segurança das comunidades", comentou.
O gerente executivo da Vale, Fernando Marino, disse que a empresa não tem nenhuma barragem no Pará com método construtivo a montante. "Só empregamos solo compactado/rochas na construção das barragens. Os monitoramentos são constantes e as estruturas operam com segurança. Por isso, junto a outros fatores, o risco é baixo", assegura.
Assuntos debatidos - Reaproveitamento de rejeitos, legislação, base cartográfica, fases de preparação preventiva de risco, exercício simulado, níveis de emergência I (sob controle); II (não se tem certeza do controle, aciona-se a sirene); e III (emergência); gerenciamento de risco após acidente, conscientização da população e outros temas de interesse para a segurança de barragens foram expostos para os representantes dos órgãos.
O tenente-coronel, coordenador adjunto da Defesa Civil do Pará, explicou que o sistema é um conjunto de ações de amparo, união e solidariedade que busca apoiar os municípios no levantamento de áreas de risco na elaboração dos Planos de Contingências de Proteção e Defesa. Ele contabilizou que, dos 144 municípios paraenses, 90 já aprovaram a criação da Defesa Civil Municipal, mas apenas 50 deles atuam na prática. "Queremos integrar mais, fortalecer o sistema de defesa civil não só quando o assunto for barragens, mas para tudo. Salvar vidas é o objetivo", finalizou.