Governo atende reivindicações de militares para manter a segurança da população
Na quarta reunião entre o governo e a corporação, todos os itens descritos na pauta de reivindicações foram discutidos e atendidos, objetivando manterO governador do Pará, Helder Barbalho, o vice-governador Lúcio Vale e gestores da área de Segurança Pública do Pará, receberam neste sábado (1°), representantes das associações vinculadas a policiais militares, no Palácio do Governo, em Belém. Na quarta reunião entre o governo e a corporação, todos os itens descritos na pauta de reivindicações foram discutidos e atendidos, objetivando manter a ordem pública e a segurança da população, após cinco dias de diversas tentativas de diálogo com o grupo de esposas de policiais, que mantém a ocupação no 2° Batalhão de Polícia Militar.
Helder Barbalho reafirmou que o governo sempre esteve aberto ao diálogo, não medindo esforços para garantir melhores condições de vida e trabalho para os militares. "Quero deixar claro que não temos nenhuma dificuldade em dialogar, e estamos à disposição. Portanto, nos reunimos aqui com aqueles que querem ouvir e falar, para que juntos possamos entregar aquilo que a sociedade espera, que é uma polícia forte, servidores que tenham condições de trabalho, que estejam motivados para bem servir à população e que cumpram suas obrigações", assegurou.
Após horas avaliando todas as reivindicações, o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, apontou algumas medidas que já haviam sido acordadas pelo governo. "Nós podemos destacar aqui, dos pontos apresentados, que muitos deles já haviam sido discutidos. Por exemplo, o aluguel social, medidas protetivas e aumento salarial, que no segundo semestre já será dado aos policiais. Chegamos a um denominador comum, e todos saem daqui de forma tranquila e ordeira, após uma discussão democrática, com uma solução que todos esperam", informou o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
Na quarta reunião entre o governo e a corporação, todos os itens descritos na pauta de reivindicações foram discutidos e atendidos, objetivando manterSegundo Pâmela Rodrigues, presidente da Associação de Esposas e Familiares de Praças do Pará (AEFPPA), o encontro foi o mais vantajoso possível. "A reunião foi proveitosa, e a gente sai com esperança, pois o que queremos é melhoria para todos. A gente espera que o que foi acordado aqui seja cumprido, porque nosso intuito é o bem da tropa e melhoria, e que o governo invista tanto na segurança pública, quanto no policial militar", ressaltou.
Também estiveram presentes representantes da Associação dos Praças do Baixo Tocantins (Asprabat PM-BM), Associação dos Bombeiros Militares do Pará (Asbomp) e Associação dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Nordeste do Pará (Apomibomp), além de titulares do Banco do Estado do Pará (Banpará), Companhia de Habitação do Pará (Cohab), secretarias de Estado de Planejamento (Seplan) e de Educação (Seduc), e gestores da segurança pública.
Histórico - Na última quarta-feira (29), esposas de PMs condicionaram a paralisação do movimento a uma reunião com gestores estaduais. O grupo de mulheres foi atendido por membros da cúpula da segurança e outros secretários, como da Educação e Planejamento, e diretores do Banpará. Houve o diálogo, o primeiro item da pauta foi atendido, referente ao aumento do aluguel social, mas ainda assim a ocupação no Batalhão não foi encerrada, o que impossibilitou a continuação da reunião.
Outra reunião estava marcada na última sexta-feira (31) com o governador, a cúpula da segurança e uma comissão das associações, desde que as esposas desocupassem o prédio do 2° BPM. Como não houve o cumprimento do acordo, a reunião foi cancelada.
Garantia de direitos - Entre as medidas apresentadas pelo governo está uma linha de crédito específica, com juros mais atrativos, pelo Banpará. A proposta está sendo formulada para que agentes de segurança possam adquirir imóveis já prontos, além da elaboração do projeto para a construção de conjuntos habitacionais, em áreas já identificadas nos municípios de Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), Marabá (sudeste) e Santarém (oeste). Outra iniciativa é a ampliação dos cursos de autodefesa para policiais militares - recurso que pode ser usado especialmente quando estiverem de folga -, no Instituto de Ensino de Segurança Pública (Iesp).
Pauta de reivindicações
1 - Segurança dos policiais ameaçados de morte;
2 - Estratégias para diminuir o índice de assassinatos de policiais;
3 – Moradia;
4 - Equiparação salarial;
5 - Auxílio imediato às dúvidas de agentes de segurança;
6 - Melhores condições de trabalho;
7 - Gratificação por escolaridade;
8 - Apresentação do estudo de reajuste e perdas salariais;
9 - Prática de ações preventivas;
10 - Encerramento da mobilidade do policiamento de BPE;
11 - Viaturas preparadas para realização de rondas e atendimentos exclusivos para ocorrências que envolvam policiais militares e seus familiares;
12 - Criação de escolas militares para filhos de policiais;
13 - Ativação de bloqueadores de celulares nos presídios e transferências dos mandantes de crimes contra policiais para outros estados;
14 - Fortalecer o setor de inteligência da PM;
15 - Mais eficácia nas investigações da Polícia Civil;
16 - Apoio de proteção da segurança às famílias de policiais que foram detidos, suspeitos de envolvimentos em ações de trabalho;
17 - Decisão da Susipe em colocar militares que cumprem penas, ou foram detidos, suspeitos de envolvimento com milícias, em presídios comuns;
18 - Ausência de punição dos PMs atingidos pelo movimento no 6° BPM;
19 - Maior atenção para os militares que integram o Programa PM Vítima;
20 – Auxílio-transporte;
21 – Auxílio-saúde;
22 - Exposição das imagens de PMs acusados de cometer crimes;
23 - Utilização de um prédio da Aeronáutica como se residências para PMs;
24 - Aumento do aluguel social;
25 - Desburocratização do serviço PM Vítima;
26 - Aumento do efetivo do CMB, e
27 – Auxílio-alimentação (CBM).