Reunião trata sobre destinação de material de fossas sanitárias
A destinação do material retirado das fossas sanitárias domésticas nos municípios de Belém e Ananindeua foi o assunto da reunião realizada nesta terça-feira (19), entre representantes da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), das secretarias Municipais de Meio Ambiente de Belém e Ananindeua e Promotoria de Justiça de Meio Ambiente, Patrimônio Cultural e Habitação e Urbanismo de Belém, na sede do Ministério Público do Estado (MPE).
Desde 2015, a Cosanpa recebe, em caráter emergencial por causa do fechamento do Aterro Sanitário do Aurá, dejetos de esgotamento sanitário encaminhados por empresas que atuam em serviços de limpeza de fossas sanitárias. Na ocasião ficou estabelecido que as empresas poderiam despejar apenas esgotamento residencial doméstico, e ainda teriam que tratar previamente os resíduos. Porém, após constatação visual de irregularidades, a Cosanpa solicitou à Universidade Federal do Pará (UFPA) a análise química e laboratorial dos resíduos despejados pelos caminhões, e foram constatadas as presenças de óleos, graxas, resíduos industriais e metais pesados, além da falta do tratamento prévio.
A expectativa para as próximas semanas é que a atividade seja reorganizada, já que a Cosanpa continuará, provisoriamente, a receber o material, mas com rigoroso controle. "Em 15 dias úteis será formatada e apresentada uma nova proposta para execução do serviço ao Ministério Público. Neste período, caso haja constatação visual de qualquer não conformidade que indique o despejo de efluente de origem não doméstica, a Cosanpa poderá suspender o serviço e comunicar imediatamente ao Ministério Público", informou Edson Cardoso, gestor de Negócios da Cosanpa.