Mostra no Líbero Luxardo dá visibilidade ao universo feminino
A história do feminismo em diversos contextos será tema da mostra de filmes documentais e ficcionais “Cinema de Mulher”, que exibirá três filmes protagonizados por mulheres, relatando histórias e conceitos a partir do olhar e do lugar da mulher no planeta. A ação é da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), por meio do Departamento de Economia Criativa, em parceria com a Fundação Cultural do Pará (FCP).
A curadoria é de Natasha Vasconcelos, criadora e produtora do “Política para Mulheres”, projeto de conscientização e educação política com perspectiva de gênero. O objetivo é dar visibilidade à participação da mulher na política, por meio de palestras, oficinas, rodas de conversa e leitura.
A mostra será exibida no Cine Líbero Luxardo, no prédio da Fundação Cultural do Pará, nos dias 16, 23 e 30 de março, sempre às 10 h, seguida de uma roda de conversa sobre o tema abordado no filme.
De acordo com atriz Edilene Rosa, da Web Série Pretas, ter a oportunidade de exibir seu filme, e ainda discutir sobre ele, é ver 20 anos de uma trajetória de muito trabalho, dedicação e “voos inimagináveis”. "Em um mergulho mais profundo, nosso projeto revela as entranhas de uma realidade da qual eu faço parte, como mulher, mãe, filha, profissional, um dia a dia em que somos massacradas para provar que merecemos existir, que merecemos trabalhar, que merecemos ser, estar e permanecer", ressaltou.
Programação
Dia 16 – Web Série Pretas
Apresentação de dois episódios da Web Série paraense que traz narrativas de mulheres negras em diferentes contextos. Os episódios discutem sobre aceitação, sexualidade, solidão e intolerância religiosa, mostrando a humanidade da mulher preta. Um trabalho de resistência diante das narrativas opressoras.
Convidadas: Edilene Rosa e Flávia Câmara
Dia 23 – Nanette
Nanette não é um stand-up padrão. Apesar de Hannah estar sozinha em cima de um palco fazendo piadas, isso não dura o espetáculo inteiro. Pelo contrário, Hannah resolve contar sua história real, as dificuldades encontradas para se aceitar lésbica. Hannah é natural de uma pequena cidade da Ilha da Tasmânia, na Austrália, onde até 1997 ser homossexual era, além de pecado, crime. Ao longo da vida, sofreu abuso sexual e uma série de preconceitos, alguns dela mesma, que durante anos usou a autodepreciação como forma de fazer comédia. Até hoje, aos 40 anos, não teve coragem de se assumir para a avó.
Convidada: Natasha Vasconcelos
Dia 30 – As Hiper Mulheres
É uma produção da Vídeo nas Aldeias (VNA), um projeto precursor na área de produção audiovisual indígena no Brasil, criado em 1986. O objetivo do projeto é, desde o início, apoiar as lutas dos povos indígenas para fortalecer identidades e patrimônios territoriais e culturais, por meio de recursos audiovisuais e de uma produção compartilhada com os povos indígenas, com os quais o VNA trabalha.