Nove pessoas são presas na operação Anonnymous
Nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 18, nove pessoas foram presas na Operação Anonnymous, deflagrada pelo Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Sieds), com a participação de policiais civis e militares e mais de 50 viaturas. Na operação, foram cumpridos 10 mandados de prisão, entre preventiva e temporária, além de 19 mandados de busca e apreensão.
A operação teve como alvo, integrantes de grupos que praticavam crimes em série, com características de execução, na Região Metropolitana de Belém (RMB), envolvendo policiais militares e pessoas civis. Os presos são oito homens e uma mulher, todos policiais militares da ativa. Destes, oito foram em decorrência dos mandados e uma prisão em flagrante, por porte ilegal de armas. A ação foi deflagrada da sede da Delegacia-Geral, em Belém.
A operação Anonnymous é o resultado de três investigações distintas, porém realizadas de forma integrada. O primeiro inquérito começou a ser investigado pela delegacia de Marituba, em 2018, e outros dois pela delegacia de polícia de Ananindeua, neste ano. Todos eles com o objetivo de investigar grupos organizados que praticavam homicídios em série, com características de execução, cometidos na Região Metropolitana de Belém.
Entre os objetos encontrados com os suspeitos, estavam armamentos que não pertenciam à corporação militar, como fuzil e escopeta, além de equipamentos tecnológicos de rastreamento e drones. Os materiais apreendidos serão periciados para verificar se possuem ou não ligação com os crimes investigados.
“Da mesma forma que nós homenageamos policiais militares, também não vamos admitir qualquer desvio de conduta que venha ocorrer em qualquer das instituições que compõem o sistema de segurança. Estamos do lado do nosso efetivo, desde que atuem dentro da legalidade, pelo o que é esculpido pela legislação. Fugindo a essa regra serão exemplarmente punidos”, ressaltou o secretário de segurança pública, Ualame Machado.
Atuação - Esta é a primeira grande operação da atual gestão estadual, que iniciou os trabalhos de combate à criminalidade, desde o dia dois de janeiro, ao identificar os bairros com maior mancha criminal e potencializar nos locais a atuação da polícia.
“Estamos conseguindo reduzir o número de homicídios, mas infelizmente alguns deles podem ter participação de policiais militares. Então, a prisão deles resultará em uma diminuição mais acentuada desse tipo de ocorrência”, pontuou o comandante geral da Polícia Militar, Coronel Dilson Júnior.
No último dia 13, após investigações criteriosas, dois servidores da Polícia Civil foram presos na operação Gurijuba, pelos crimes de extorsão e associação criminosa. Ambos estão cumprindo pena no Centro de Recuperação Anastácio das Neves, no complexo penitenciário de Santa Isabel.
“Semana passada, dois policiais civis foram presos. O sistema de segurança pública tem dado um aporte fundamental em todo tipo de criminalidade e essa que é feita pelos nossos integrantes não podem ficar à margem. Vamos agir sempre com rigor para que todos sejam responsabilizados, pois ninguém está acima da lei”, finalizou o delegado geral, Alberto Teixeira.