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Lacen promove palestra sobre saúde e sexualidade na vida da mulher

Por Redação - Agência PA (SECOM)
15/03/2019 17h45

Uma palestra sobre “Saúde e Sexualidade nas Etapas de Vida da Mulher: Questões Relevantes”, proferida pela ginecologista e obstetra Sandra Helena Moraes Leite, marcou nesta quinta-feira (14), no auditório do Laboratório Central do Estado (Lacen-PA), as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher - 8 de Março. O evento, que reuniu cerca de 60 servidores, foi organizado pelo Serviço de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalhador (SASST), Coordenação da Qualidade e Biossegurança e Comissão de Eventos. A abertura foi feita pela coordenadora do SASST, Micheline Ramos, que definiu o evento como mais uma iniciativa do que preconiza o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Com vasta experiência em gestão de saúde no Estado e Município de Belém, a médica Sandra Helena Moraes Leite chamou a atenção das mulheres para os cuidados com a saúde sexual e reprodutiva em todas as etapas da vida. Ela apontou os principais desafios que a mulher enfrenta para ter acesso à informação e aos serviços de saúde, e assim fazer valer os direitos previstos em diversas políticas públicas.

Luta diária - Inicialmente, Sandra Leite fez uma reflexão sobre o dia 8 de março, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975, como Dia Internacional da Mulher, em homenagem às mulheres que lutaram e morreram por melhores condições de trabalho e outros direitos nos Estados Unidos. “Precisamos reconhecer a luta e a vitória de muitas mulheres antes de nós, pois as conquistas são resultado de muita luta”, contou a médica. Ela também citou várias conquistas femininas, ressaltando que “é importante conhecer a história para compreendermos a dinâmica do mundo”.

Segundo Sandra Leite, o Brasil tem muitas diretrizes para as mulheres, mas a maioria da população feminina não tem acesso aos serviços previstos nessas diretrizes.

Câncer – Sobre a saúde da mulher, ela disse que ainda há muita dificuldade de acesso a serviços básicos, como pré-natal, planejamento familiar, exame preventivo do câncer do colo do útero (PCCU) e diagnóstico precoce do câncer de mama, além de assistência no climatério (transição entre os períodos reprodutivo e não reprodutivo).

Sandra Leite ressaltou a importância da vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), que está disponível na rede pública para meninas de 09 a 14 anos, e meninos de 11 a 14 anos, uma vez que o câncer de colo do útero é causado pela infecção persistente de alguns tipos desse vírus, chamados oncogênicos. Ela também frisou que o tabagismo é um fator de risco para o câncer de colo do útero, e aumenta em até dez vezes a possibilidade de derrame cerebral e infarto do miocárdio.

Ela falou ainda sobre sexualidade, anatomia e fisiologia femininas, e sobre o quanto é importante que a mulher conheça seu corpo e cuide bem dele, fazendo exames anuais, conversando com seu médico, tirando dúvidas, deixando a vergonha e o preconceito de lado. E isso deve começar desde a infância e adolescência, a partir de diálogos entre mães e filhas, para que a mulher cresça mais segura e disposta a lutar por seus direitos em todos os aspectos da vida, incluindo o enfrentamento de todos os tipos de violência.