Comissão da AGE apura irregularidades em obras no Utinga
A empresa Paulitec, responsável pelas obras do Parque do Utinga, em Belém, prestou esclarecimentos à uma comissão de investigação preliminar instaurada pela Auditoria Geral do Estado (AGE), durante reunião na tarde desta quinta-feira (14). O objetivo do encontro, realizado no Ministério Público Federal (MPF), é apurar suspeitas de irregularidades nos serviços realizados no espaço.
Além do auditor-geral do Estado, Giussepp Mendes, que foi acompanhado de assessores jurídicos, auditores e da equipe de obras do órgão, também participaram o procurador da República, Alan Mansur; secretário adjunto de Cultura do Estado, Bruno Chagas; procurador do Ministério Público de Contas do Estado (MPC), Patrick Mesquita; e o gerente de obras da construtora Paulitec, Cláudio Soares.
A auditoria busca respostas para vários questionamentos, como o acréscimo no valor total da obra, orçada inicialmente em quase 36 milhões de reais, mas que teve custo final superior a 50 milhões de reais. Parte dos recursos foram repassados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Os gastos com o projeto luminotécnico também entrou em pauta. "Analisando o contrato, identificamos uma despesa alta com luminárias de alto padrão, sendo que já estava previsto que o Parque do Utinga não teria funcionamento noturno", disse o auditor-geral.
Vistoria – A equipe de obras da AGE identificou sinais de deterioração precoce no Parque em visita técnica ocorrida no início do mês. As notas ficais dos materiais e equipamentos especificados no projeto já foram solicitados à empresa.
Em sua defesa, a Paulitec atribuiu à antiga gestão da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) a responsabilidade pelos atrasos no cronograma da obra, o que teria contribuído para elevar o custo de execução do empreendimento. Segundo o titular da AGE, com a parceria dos ministérios públicos Federal e de Contas do Estado, a investigação preliminar será mais ágil e eficiente.